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"COINCIDÊNCIA TEMPORAL"

Emanuel pagou R$ 4,8 milhões para HB20 após Câmara de Cuiabá aprovar reparcelamento

A juíza Edna Ederli Coutinho classificou como suspeita a correlação entre o pagamento da dívida com a aprovação da matéria no Legislativo

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pagou R$ 4,8 milhões à HB20 Construções após a Câmara aprovar o reparcelamento das dívidas do Executivo. A juíza Edna Ederli Coutinho classificou como "suspeita" a relação temporal entre os eventos, aumentando os indícios de que a empreiteira tenha "comprado" o voto dos vereadores para ser beneficiada. O esquema investigado pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cita Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), mas a juíza ressaltou que mais parlamentares podem estar envolvidos no esquema de recebimento de propina. 

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"A referida coincidência temporal, analisada em conjunto com os demais elementos informativos, elevou o grau de suspeita sob a natureza dos pagamento realizados, indicando uma possível correlação entre a atuação dos agentes públicos e o benefício financeiro auferido pela empresa", ressalta trecho da decisão. 

Edna Coutinho determinou o afastamento de Chico, que estava na presidência da Câmara quando a matéria foi votada, e de Sargento Joelson até a conclusão das investigações. Além de não poderem atuar como vereadores, ambos estão proibidos de entrar no prédio do Legislativo, ter contato presencial ou trocar mensagens. 

A denúncia à Polícia Civil foi protocolada pelo prefeito Abilio Brunini (PL) enquanto ainda estava no mandato de deputado federal. O prefeito disse que recebeu um funcionário do setor de pagamentos da HB20 em seu gabinete, em 2024, que apresentou prints de conversas no WhatsApp articulando os pagamentos aos vereadores. O teor do inquérito assevera que somente Sargento Joelson recebeu transferências de PIX totalizando R$ 150 mil.

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Os vereadores são acusados da prática de corrupção ativa. Chico 2000 negou ter agido de modo a interferir na tomada de decisão do Executivo e afirmou ser inocente. Ele é alvo de um pedido de cassação encaminhado à Câmara pelo ex-juiz e advogado Jullier Sebastião, representante legal da ex-vereadora Edna Sampaio (PT), condenada no plenário por rachadinha enquanto Chico estava na presidência.  

 

 

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