O prefeito de Sinop (480 km de Cuiabá), Roberto Dorner (PL), adotou uma postura diplomática em relação ao Governo Federal. O gestor, que é correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, não poupou agradecimentos à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela destinação de equipamentos Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao município em meados de dezembro.
Questionado sobre a relação com Brasília, Dorner foi enfático ao afirmar que sua função como prefeito está acima de disputas partidárias. Para ele, o papel do gestor é ser um facilitador de recursos que melhorem a vida do cidadão.
"O ministro [Carlos Fávaro] tem olhado com bons olhos para o Nortão e nós temos que pegar [os recursos], porque o nosso povo tem que se beneficiar", afirmou Dorner. O prefeito reforçou sua visão sobre o cargo público. "Quem ganha é a população. Nós somos intermediários, somos empregados do povo. Temos que trabalhar, receber e levar".
Dorner foi questionado sobre prefeitos de direita que têm recusado equipamentos ou evitado agendas com o governo petista. O prefeito de Sinop evitou polêmicas, mas marcou sua posição.
"Eu não quero falar sobre isso [postura de outros prefeitos]. Sinop está sendo contemplada e agradeço ao governo federal. Quem somos nós para estar falando mal de governo? Temos que entrar nos poderes constituídos e trazer os benefícios para o povo", disparou.
Ao ser indagado se o presidente Lula tem olhado para Mato Grosso, Dorner respondeu prontamente: "Com certeza. Isso aí é uma causa". As falas de Dorner, além de fazerem “justiça” às ações petistas, ressoa ainda a relação estremecida com Bolsonaro, situação que ocorreu desde o último pleito eleitoral. Em 2024, a eleição municipal em Sinop demonstrou um racha do bolsonarismo na cidade.
Parte do partido apoiava o projeto de Dorner, enquanto outra apoiou a campanha da empresária Mirtes Grotta (Novo), esta por sua vez, recebeu a “benção” do ex-presidente.
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