A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse hoje que as demissões de funcionários federais são "iminentes" e podem acontecer "muito em breve". Ela acrescentou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, orientou seu gabinete para identificar onde cortes podem ser feitos.
O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nas primeiras horas desta quarta-feira já que o Congresso não conseguiu aprovar a tempo o projeto de orçamento para manter o financiamento federal.
Mais cedo, Trump sinalizou a possibilidade de demissões em massa por causa da paralisação do governo.
Trump já afirmou que parte dos 750 mil funcionários federais serão demitidos. Muitos escritórios serão fechados, talvez até mesmo de forma permanente. E há uma expectativa - que gera tensão para o mercado global - de que essa dispensa levaria a um custo diário de 400 milhões de dólares - cerca de 2 bilhões de reais.
O chamado 'shutdown' pode impactar serviços públicos; e já é o que estamos vendo; controladores de tráfego aéreo, por exemplo, seguem trabalhando, mas sem salário.
Além disso, a Embaixada dos Estados Unidos informou nas redes sociais, tanto no X quanto no Instagram, que pode ser impactada. A embaixada disse que os serviços de passaporte e visto programado nos consulados vão continuar funcionando "até enquanto a situação permitir" -, ou seja, esses serviços também podem ficar comprometidos em algum momento.
Já o Escritório Administrativo dos Tribunais informou hoje que os tribunais federais têm dinheiro suficiente para permanecer abertos até 17 de outubro.
Essa é a 15ª desde paralisação 1981, e o primeiro apagão econômico desde o mais longo da história — que durou 35 dias— há quase sete anos. durante o primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. . O custo estimado da crise foi de 3 bilhões de dolares.
Esta nova crise se acirrou depois que Trump ameaçou demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas caso o governo fosse paralisado. Os democratas, por sua vez, disseram que só aprovariam o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados.