O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) disse que o apoio do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) à 'dobradinha' do governador Mauro Mendes (União Brasil) com o deputado federal José Medeiros (PL) ao Senado não determina a chapa na federação União Progressista. Botelho pontuou que além de Mendes, o grupo tem os senadores Jayme Campos (União Brasil) e Margareth Buzetti (PP) que têm preferência na chapa para concorrer à reeleição. No entanto, o deputado afirmou não ser contrário ao diálogo com do partido com a legenda de Bolsonaro.
"Vamos sim conversar, concordo com isso. Mas não teve definição nenhuma. Vamos ser honestos, até agora, é tudo conversa. Um conversa daqui, outro conversa dali. Conversa de apoio pode ter, mas definições partidárias só ano que vem. Essas conversas vão ser feitas ano que vem", falou Eduardo Botelho à imprensa nesta quarta-feira (17).
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Mauro Mendes tem investido na construção da aliança com a extrema-direita desde o fim do primeiro mandato, sendo um interlocutor do UB em Mato Grosso, partido que nasceu com orientação ao centro. A conversa foi intensificada ao longo de 2024, ano de eleições municipais. Essa aproximação contribuiu para que o governador conquistasse o apoio de Bolsonaro. O ex-presidente, inclusive, colocou Mauro como um dos 'soldados' que precisa no Senado para "reorganizar o país".
O próprio PL nacional entende que as conjecturas ao Senado em MT são um "problemaço". De um lado, está a deputada estadual Janaina Riva (MDB), pré-candidata ao Senado e nora do senador Wellington Fagundes (PL), nome do partido para concorrer ao governo, que tenta compor aliança do PL com o MDB, sigla aliada ao presidente Lula (PT) em Brasília. Os conservadores têm resistência a Riva e acenam para composição com Mauro.
Já na federação União Progressista, o impasse é ainda maior, uma vez que Jayme, que tem preferência para um das duas vagas ao Senado, não recua da ideia de pleitear o governo sendo que Mendes defende o nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao cargo.
"Nós temos Jayme Campos que é senador, temos Mauro Mendes que pode ser candidato a senador, temos a Margareth Buzetti que pode ser candidata a senadora dentro do grupo. É uma conjuntura que vai ser definida ali na frente. É só especulação, conversa, como diz o Jayme Campos: é conversa de bêbado pra delegado", concluiu Botelho.
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