A relação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com ministros do Supremo não azedou após ele criticar o julgamento que condenou seu padrinho político, Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.
A leitura de que ele perdeu a interlocução privilegiada com ministros da Corte ao falar em “ditadura e tirania do Supremo” pela condenação de Jair Bolsonaro não condiz com os fatos.
Entre os ministros, o entendimento predominante é que o governador falou como “pessoa física”, pelas relações pessoais que tem com Bolsonaro e pelo cálculo eleitoral.
Entende-se que há uma dependência dos candidatos de centro-direita do apoio de Bolsonaro, o que não significa que, se eleito, levará isso para a “pessoa jurídica”.
Tarcísio é hoje a aposta número um da centro-direita para disputar a eleição com Lula. Como revelou a coluna, ele já recebeu a bênção de Bolsonaro para ser o candidato do grupo. Nesse sentido, o governador não será candidato ao Planalto apenas se ele mesmo não topar.