As polícias Civil e Militar fazem uma operação conjunta em diferentes comunidades da Zona Norte do Rio. O objetivo é tentar impedir a expansão territorial do Comando Vermelho para a Zona Oeste, ocupando a área entre Campinho e Praça Seca. Há registro de tiroteios, desde o fim da madrugada, no Complexo da Penha, Serrinha, Juramento, Campinho, Fubá, Caixa d'Água e Vila Kosmos.
O taxista Robson Teixeira, de 49 anos, foi baleado na perna, em frente ao Carioca Shopping, na Avenida Vicente de Carvalho. Segundo a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas, ele tem estado de saúde estável.
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Durante confronto com criminosos no conjunto Ipase, um sargento do Bope foi baleado. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, tem quadro de saúde estável e passa por cirurgia. Durante a ação, uma pistola e munições foram apreendidas.
Em outros pontos da Zona Norte, três pessoas foram presas. Foram apreendidos um fuzil e drogas. Vinte e dois veículos foram recuperados. Os agentes destruíram 18 seteiras, estruturas montadas com buracos na parede para encaixar o fuzil e atirar contra policiais e grupos rivais.
Para atrapalhar a ação, traficantes colocaram fogo em barricadas nas vias próximas às comunidades. Segundo a Secretaria municipal de Educação, 28 escolas foram fechadas. Duas unidades estaduais também não funcionaram.
Na rede de saúde, duas unidades municipais foram impactadas na Penha e outras cinco tiveram o funcionamento afetado nas regiões de Vila Kosmos, Tomás Coelho e Madureira. Por medida de segurança, a Avenida Ministro Edgard Romero, a principal de Madureira, chegou a ser fechada pelos policiais. Segundo a MOBI-Rio, a SuperVia e o Rio Ônibus não há impactos na circulação dos transportes.
Segundo a Polícia Civil, essas comunidades da Zona Norte têm registrado confrontos intensos e constantes nas últimas semanas, devido à disputa territorial entre o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro.
As investigações apontam que Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do Comando Vermelho na Penha, ordena ataques ao TCP a partir do Morro do Juramento. Do lado do rival, Wallace de Brito Trindade, o Lacoste, e William Yvens da Silva, o Coelhão, usam a Serrinha para coordenar as contraofensivas.
A polícia aponta que os criminosos impõem um cenário de guerra urbana, com uso de armamento pesado, granadas, balas traçantes e explosivos. Em consequência, moradores relatam toque de recolher imposto pelo tráfico, paralisação de escolas e unidades de saúde e prejuízos ao comércio local.
A ação faz parte da Operação Contenção, que já prendeu ao menos 40 pessoas em fases anteriores. Sete criminosos foram mortos em confronto e mais de 250 armas foram recuperadas.
Participam da operação a Delegacia de Repressão a Entorpecentes, com apoio de unidades especializadas, a CORE e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
*Sob supervisão de Matheus Carrera