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Coquetel letal

Quem é o ‘Doutor Morte’, julgado pelo assassinato de 15 pacientes na Alemanha

Médico acusado de injetar coquetel letal em pessoas e encobrir crimes com incêndios começa a ser julgado nesta segunda-feira (14)

 

Internacional|Do R7

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Um médico de 40 anos, identificado como Johannes M. e apelidado pela imprensa alemã de “Doutor Morte”, começou a ser julgado nesta segunda-feira (14) em Berlim, capital da Alemanha.

Johannes é acusado de assassinar 15 pacientes sob seus cuidados entre setembro de 2021 e julho de 2024. Ele teria utilizado injeções letais e tentado encobrir os crimes com incêndios.

 

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Johannes M., conhecido como "Doutor Morte", está sendo julgado em Berlim por assassinar 15 pacientes.
  • Os crimes teriam sido cometidos entre 2021 e 2024, usando injeções letais em pacientes gravemente doentes.
  • Além das assassinatos, o médico tentou encobrir os crimes ao atear fogo em cinco apartamentos.
  • Uma investigação revelou 96 mortes adicionais suspeitas, e o julgamento está programado para durar até janeiro de 2026.

Segundo a Promotoria de Berlim, Johannes, que trabalhava em um serviço de cuidados paliativos na capital alemã, administrou um coquetel mortal de sedativos e relaxantes musculares a 12 mulheres e três homens, com idades entre 25 e 94 anos, sem o conhecimento ou consentimento das vítimas.

O relaxante muscular paralisava os músculos respiratórios, causando morte por parada respiratória em poucos minutos. As vítimas, todas gravemente doentes, mas sem morte iminente, receberam o coquetel letal em suas próprias casas.

 

Em cinco dos casos, o médico teria ateado fogo aos apartamentos dos pacientes para tentar encobrir os assassinatos, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

 
  • As acusações apontam que, em 8 de julho de 2024, Johannes matou dois pacientes no mesmo dia, um pela manhã e outro à tarde. 

A Promotoria afirma que o médico agiu sem motivo aparente além do desejo de matar e busca uma condenação por 15 acusações de homicídio doloso com culpa especialmente grave, o que pode levar à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade após 15 anos, como é comum na Alemanha. Além disso, os promotores pedem a proibição permanente do homem de exercer a medicina.

Investigação começou com denúncia de colega

A investigação teve início em julho de 2024, quando um colega do médico alertou a polícia sobre a quantidade suspeita de pacientes que morreram em incêndios, segundo o jornal alemão Die Zeit.

 

Johannes foi preso em 6 de agosto daquele ano, inicialmente suspeito de quatro assassinatos. Com o avanço das investigações, o número de casos atribuídos a ele subiu para 15.

No entanto, a Promotoria informou à AFP que 96 outras mortes suspeitas estão sendo investigadas, incluindo o óbito da sogra do médico.

Uma equipe especial da Polícia Criminal de Berlim e do Ministério Público analisou 395 casos, confirmando suspeitas iniciais em 95 deles. Cinco exumações ainda estão planejadas, e 75 casos permanecem sob investigação em processos separados, segundo a agência de notícias alemã DPA.

Quem é Johannes M.?

Johannes M., chamado de “Doutor Morte” pela imprensa alemã, apresentou em 2013 uma tese de doutorado sobre uma série de assassinatos em Frankfurt, começando com a pergunta: “Por que as pessoas matam?”, segundo o Die Zeit.

Até o momento, ele não se pronunciou sobre as acusações, e seu advogado, Christoph Stoll, informou à DPA que o réu não fará declarações no tribunal por enquanto.

O médico também recusou ser avaliado por um perito psiquiátrico antes do julgamento, o que levará o especialista a observar seu comportamento durante o processo para avaliar sua personalidade e culpabilidade.

O tribunal estadual de Berlim agendou 35 datas para o julgamento, que deve se estender até 28 de janeiro de 2026. Cerca de 150 testemunhas podem ser ouvidas, incluindo 13 parentes das vítimas, que atuam como coautores no processo, segundo a DPA.

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