A Polícia Civil de Mato Grosso e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizaram, na manhã desta quinta-feira (23), uma fiscalização em uma distribuidora de Várzea Grande, apontada como fornecedora de bebidas para supermercados onde foram encontradas garrafas de whisky com suspeita de adulteração. Durante a ação, mais de 7 mil garrafas foram retidas.
A operação contou com equipes da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), do Mapa, da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
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A investigação teve início após operações realizadas entre quarta e quinta-feira (22 e 23) em supermercados de Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças, onde foram apreendidas bebidas suspeitas de adulteração ou falsificação. As ações foram motivadas por denúncias da Vigilância Sanitária, após pessoas apresentarem sintomas de intoxicação por álcool, incluindo uma vítima internada em Goiânia (GO) com suspeita de contaminação por metanol.
Segundo apuração, os representantes dos estabelecimentos apontaram que o fornecedor das bebidas da rede de supermercados é a distribuidora fiscalizada em Várzea Grande.
“Ainda não há confirmação de que se trata de falsificação. No entanto, o material está sendo retido por divergência entre os números de lote da caixa e das garrafas, e por ser da marca consumida em Água Boa. Trata-se, neste momento, de uma retirada de mercado até a conclusão da investigação”, explicou o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon.
Primeiro caso confirmado em MT
Na quarta-feira (22), Mato Grosso registrou o primeiro caso confirmado de contaminação por metanol em bebida alcoólica. A vítima é um jovem de 24 anos, de Várzea Grande, que apresentou sintomas graves, como visão turva, confusão mental, dor abdominal e vômitos. Embora não corra risco de morte, o jovem sofreu lesão ocular irreversível, uma das complicações mais graves da exposição ao metanol. A Decon continua investigando o caso.














