O empresário João Gustavo Ricci Volpato, preso no âmbito da Operação Sepulcro Caiado, optou por ficar em silêncio durante interrogatório presidido pelo delegado Pablo Carneiro da Delegacia Especializada em Estelionato de Cuiabá. Porém, antes, chegou a anexar uma carta escrita à mão eximindo a mãe Luiza Rios Ricci Volpato, de 75 anos, e o irmão, Augusto Frederico Ricci Volpato, de participação no desvio de R$ 21 milhões da Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Os advogados João Miguel da Costa Neto e Themis Lessa da Silva e o ex-procurador de Poconé Wagner Vasconcelos de Moraes também preferiram não se manifestar.
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Ao todo, dez pessoas foram presas na operação, sendo sete advogados. Apenas uma pessoa está foragida. Trata-se do servidor público Mauro Ferreira Filho, responsável por inserir falsos comprovantes de pagamento no sistema do judiciário mato-grossense. Com isso, os valores eram liberados para contas vinculadas a João Gustavo.
Em audiência de custódia, o juiz Moacir Rogério Tortato, manteve a prisão de quase todos os envolvidos. As exceções foram Luiza Rios Ricci Volpato e Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, esposa de Wagner Vasconcelos.
Luiza foi liberada devido sua idade e também porque João declarou o único responsável pela gestão das empresas Labor Fomento Mercantil e RV Cobranças, embora, nesta última, Luíza configure como um dos sócios.
Já Melissa ficará em prisão domiciliar por estar em fase final de gestação.
O caso de fraude veio à tona após uma vítima denunciar que sua conta bancária havia sido bloqueada judicialmente em R$ 17 mil, valor que não reconhecia dever.
O esquema consistia na abertura de ações judiciais falsas por advogados que atuavam sem autorização dos supostos devedores, utilizando documentos forjados como comprovantes de depósitos judiciais inexistentes.
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