De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE), a empresária primaverense do ramo joalheiro Julinere Goulart Bentos, denunciada como uma das mandantes da execução do advogado Renato Gomes Nery, 72, ocorrida no dia 5 julho de 2024 "exerceu o papel de mentora intelectual do crime", juntamente com o marido, o empresário do ramo do agronegócio Cesar Jorge Sechi.
O crime foi motivado por profundo ressentimento do casal contra Nery, que obteve êxito em uma ação judicial relacionada a uma extensa área territorial no município de Novo São Joaquim, após décadas de litígio.
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Julinere manifestou seu inconformismo e indignação contra o advogado assassinado perante testemunhas, com ameaça de morte ao dizer que: ‘ele não ia viver para gastar o que tomou dela’. O casal, que se tornou réu na ação penal, está preso preventivamente desde o dia 9 de maio deste ano.
A denúncia deles foi aditada à denúncia dos dois intermediadores do crime, na sexta-feira (18) e assinada pelos promotores de Justiça Élide Manzini de Campos, Rinaldo Segundo e Vinícius Gahyva Martins, atuantes no Núcleo de Defesa da Vida da Comarca de Cuiabá. Trecho da denúncia aponta que, pelo inconformismo diante de decisão judicial que beneficiou Nery, a empresária articulou os contatos necessários para viabilizar sua execução.
“Ademais, no curso das investigações, a referida denunciada confessou, de forma informal, sua participação como autora intelectual do homicídio ao delegado de Polícia Bruno Sérgio Magalhães Abreu, reforçando os demais elementos probatórios constantes dos autos.”
O denunciado Cesar Sechi desempenhou igualmente a função de mentor intelectual e exerceu papel fundamental na viabilização financeira da empreitada criminosa. O casal contratou a execução do advogado mediante o pagamento de R$ 200 mil. O policial militar Jackson Pereira Barbosa atuou como intermediário da empreitada entre o casal denunciado e os executores.
Além de Jackson, o também policial militar Ícaro Nathan Santos Ferreira também é réu na denúncia do MPE. O crime - Nery foi alvejado na cabeça, quando chegava para o trabalho em seu escritório na avenida Fernando Corrêa da Costa, na manhã do dia 5. Submetido à cirurgia morreu na madrugada do dia seguinte.