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CHAMADA DE “MACUMBEIRA”

Aluna de 12 anos é agredida com cal e tinta em escola de Cuiabá por causa da religião

Ocorrência teria sido motivada por preconceito religioso.

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

Uma aluna de 12 anos denunciou ter sido agredida por colegas dentro da Escola Estadual Rafael Rueda, no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Os agressores passaram tinta no rosto dela e cal no seus cabelos. A motivação seria a religião da menor. O caso foi registrado no dia 27 de novembro, mas só veio à tona agora.

O boletim de ocorrência, registrado na mesma data do crime, conta que o irmão da vítima foi chamado à escola antes do fim das aulas e que, ao chegar na unidade de ensino, encontrou a irmã de cabeça baixa e suja de cal.

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Quando questionaram o que tinha acontecido, a diretora não deixou que a garota falasse e disse que ela havia sido agredida por conta da religião dela e que os alunos disseram que ela estaria “encorporando”.

No registro da ocorrência são citados quatro alunos que teriam batido, xingado e sujado a aluna com tinta e cal. Além disso, os alunos a chamavam de “macumbeira” durante as agressões e diziam que ela “era do diabo”.

No BO, o irmão da vítima fala que a direção da escola acionou a Polícia Militar, mas que os agentes só ouviram a versão da diretora. A vítima foi a única a ser mandada para casa antes do fim do horário das aulas.

Em uma ata interna, a diretora da escola se comprometeu a conversar com os alunos envolvidos e seu pais para averiguar a situação. Ela ainda se recusou a fornecer as imagens das câmeras de segurança no momento da agressão, dizendo que só faria isso mediante decisão judicial.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse que adotou as medidas cabíveis na unidade escolar e que fo Núcleo de Mediação Escolar reforçou o compromisso com a prevenção e combate à violência, bullying, cyberbullying, racismo e intolerância religiosa.

NOTA À IMPRENSA
A Secretaria de Estado de Educação informa que tomou conhecimento imediato do ocorrido e, junto à Diretoria Metropolitana de Educação (DME), adotou as providências cabíveis na unidade escolar. O Núcleo de Mediação Escolar reforçou o compromisso permanente com a prevenção e o combate a todas as formas de violência, incluindo bullying, cyberbullying, racismo e intolerância religiosa, com ações formativas e campanhas educativas. Nos casos com indícios de atos infracionais, há encaminhamento imediato aos órgãos competentes. A pasta reafirma ainda seu compromisso com a construção de uma escola pública antirracista, inclusiva, segura e livre de qualquer forma de discriminação.

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