O sargento da Polícia Militar, Eduardo Soares Moraes, afirmou, em depoimento às autoridades, que não tinha conhecimento sobre a entrega de R$ 10 mil que seria feita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) supostamente ao presidente da Corte, desembargador José Zuquim Nogueira.
Segundo Soares, no dia dos fatos, Laura Kellys, esposa de Jackson Pereira Barbosa, preso sob acusação de envolvimento na morte do advogado Renato Nery, disse que precisava entregar uma encomenda a um funcionário do advogado do marido e o sargento só percebeu se tratar de dinheiro quando viu Laura fazendo a entrega do envelope ao suposto trabalhador.
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À polícia, Eduardo afirmou que chegou a questionar a mulher sobre o malote e Laura teria dito que repassou o dinheiro ao funcionário pois se encontraria com o advogado no Fórum, local inadequado para transitar com quantias em espécie. Depois disso, o sargento teria acompanhado a mulher até o interior do Fórum a espera do advogado que nunca apareceu.
Contudo, o suposto funcionário do advogado na verdade tratava-se de um motorista de aplicativo que teria combinado o transporte do pacote com o presidente do TJMT. No entanto, as investigações revelaram que alguém utilizou a identidade do magistrado para o crime. Soares, que fez o intermédio da entrega, foi apontado como suspeito da falsificação ideológica.
Questionado sobre sua relação com Jackson Pereira Barbosa, Eduardo negou ser amigo do militar, mas disse que teve contato com ele no interior do batalhão da Rotam onde Pereira está preso. Em uma dessas ocasiões, Jackson teria pedido a Eduardo que ajudasse sua esposa, Laura Kellys. No interrogatório, o sargento explicou que Laura é ligada a um grande amigo dele e, por isso, aceitou fazer o favor.
As investigações continuam em andamento.
