Os contratos futuros de trigo, soja e milho apresentaram oscilações moderadas nesta quinta-feira (31), refletindo fatores climáticos, negociações comerciais e comportamento dos fundos de investimento. Segundo a TF Agroeconômica, apesar do bom desempenho recente das exportações dos EUA, o trigo ainda enfrenta forte concorrência internacional, com impactos negativos vindos da valorização do dólar frente ao euro. O contrato de trigo CBOT para setembro/25 subiu US$ 1,00, cotado a US$ 524,75, enquanto no Brasil os preços seguiram estáveis no RS (R$ 1.288,17) e com leve alta no PR (R$ 1.476,65).
No mercado de soja, os preços em Chicago apresentaram estabilidade, com o contrato de agosto/25 subindo US$ 2,00, negociado a US$ 969,75. Apesar da leve recuperação, o mercado ainda sofre pressão devido à ausência de avanços nas conversas comerciais entre China e EUA, além do excesso de oferta global e boas condições das lavouras nos EUA. O CEPEA registrou valorização de 0,79% no interior do PR, com a saca cotada a R$ 132,66, e de 0,10% em Paranaguá, a R$ 137,99. A China comprou nove carregamentos da safra brasileira para embarque entre setembro e março, o que reforça a preferência pelo grão sul-americano.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
O milho também operou em leve baixa em Chicago, com o contrato de setembro/25 caindo US$ 0,25, cotado a US$ 391,50. A entrada da safrinha brasileira no mercado, aliada ao bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas, limita a recuperação dos preços. No Brasil, o milho na B3 apresentou alta, com destaque para o contrato de julho/26, que subiu 0,85%, a R$ 71,42 — valor que pode ser decisivo na rentabilidade da próxima temporada. A TF Agroeconômica destaca que o momento é oportuno para travar vendas antecipadas.
No mercado internacional, as cotações no Paraguai variaram entre US$ 145 a US$ 155 no interior e até US$ 195 no oeste de Santa Catarina, enquanto na Argentina os valores do trigo recuaram. Já os prêmios da soja brasileira mantêm firmeza, indicando boa competitividade no cenário global, apesar das pressões estruturais que mantêm o mercado em alerta.