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Notícias do Agro Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 13:34 - A | A

Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 13h:34 - A | A

Impacto econômico

Se mantivermos taxação de 50%, não conseguiremos exportar manteiga de cacau para os EUA, diz presidente da AIPC

Setor teme forte impacto econômico e negocia com governos para tentar reverter medida

Por 
Redação-CBN
Foto-Fast Company Brasil

 

 
 

A indústria brasileira de processamento de cacau avalia que a taxação imposta pelos Estados Unidos pode inviabilizar completamente as exportações do derivado, segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). Em entrevista ao Jornal da CBN, a presidente executiva da AIPC, Anna Paula Losi, demonstrou preocupação com os impactos da medida.

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'A gente precisa trabalhar para dialogar com o governo federal, mas também continuar dialogando com o governo americano para mostrar que não existe o porquê manter essa taxação para a manteiga de cacau, visto que é uma exportação para complementar a produção deles'. 

A manteiga de cacau é um produto de alto valor agregado, utilizado principalmente pela indústria chocolateira. Os EUA representam o principal destino desse item.

A sobretaxa coloca em risco toda a cadeia de produção brasileira. A manteiga é um subproduto fixo do processo de moagem da amêndoa de cacau. Sem um mercado consumidor para a manteiga, as indústrias não conseguem manter a moagem em operação: 

'Se eu não tiver destino para essa manteiga, eu não posso moer cacau, porque eu vou ficar com essa manteiga acumulada, então a gente vai reduzir a nossa moagem, vai reduzir a nossa exportação e muito provavelmente a gente vai aumentar a importação de pó, de derivado, sendo que o Brasil tem potencial para produzir ainda mais'. 

Além do impacto econômico, há uma preocupação com o efeito sobre os produtores. 

'As fábricas brasileiras elas ficam principalmente em Ilhéus e Itabuna, então praticamente 95% da moagem do cacau brasileiro acontece ali na Bahia, então a gente tem conversado com esses dois governos'. 

A associação continua articulando ações com o setor público e privado para tentar reverter a sobretaxa ou, ao menos, reduzir seus efeitos na cadeia produtiva nacional.

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