O varejo alimentar brasileiro passa por uma mudança estrutural, com avanço expressivo de redes regionais sobre o faturamento dos supermercados, segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). Hoje, quase 70% das vendas do setor já estão concentradas nesses grupos, reduzindo o peso das grandes multinacionais na definição do futuro da cesta básica, especialmente em produtos como arroz, feijão, óleo e café. Esse movimento aproxima as decisões comerciais da realidade do consumidor e do produtor local, criando um ambiente mais sensível às características regionais de consumo.
Dados do ranking do setor mostram que redes com capital e gestão locais vêm puxando essa virada, ganhando espaço em diferentes regiões do país e alcançando posições de destaque nacional. A presença forte no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul indica um redesenho do poder de negociação no varejo, com maior valorização de fornecedores capazes de atender demandas específicas de cada mercado.
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Para quem produz, empacota ou distribui feijão, o cenário abre novas oportunidades. A atuação junto a redes regionais favorece a construção de marcas associadas à identidade local, com ajustes em tipo de grão, peneira, embalagem e narrativa de origem. Esses grupos tendem a ser mais receptivos a relações diretas, regularidade de oferta e produtos alinhados ao hábito alimentar de cada território. O instituto também avalia que, no comércio internacional, o acesso ao mercado comum europeu segue enfrentando barreiras, com resistência liderada pela França, o que tem impacto direto sobre as perspectivas de exportação do setor.
















