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Impactando a balança exportadora

Portos travam milho de MT e reduzem exportações em 32% no ano

Mato Grosso tem escoado menos milho em 2025, impactando a balança exportadora

Administração

 

 
Agrolink - Aline Merladete
 
Foto: Nadia Borges

As exportações de milho mato-grossense recuaram 32,52% no acumulado de 2025, mesmo com avanço nacional de 17,8% em setembro. Logística portuária e demanda interna estão entre os fatores que limitam o escoamento. Dados da Secex apontam que o Brasil exportou 7,56 milhões de toneladas de milho em setembro de 2025, volume 17,80% superior ao de agosto. Com esse desempenho, o total exportado no ano chegou a 23,31 milhões de toneladas — 4,33% abaixo do mesmo período de 2024. 

Em Mato Grosso, líder nacional na produção e exportação do grão, o cenário é diferente. O estado embarcou 3,94 milhões de toneladas em setembro, uma leve alta mensal de 1,06%, mas queda anual de 10,12%. No acumulado de 2025, o recuo é expressivo: 32,52% em relação a 2024, totalizando 11,66 milhões de toneladas.

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Esse desempenho inferior tem relação direta com o prolongamento do escoamento da soja nos portos, que tem reduzido o espaço logístico disponível para o milho. Além disso, a maior demanda interna no Brasil vem desviando parte da oferta que normalmente seria destinada ao mercado externo. 

A diferença entre o preço do milho em Mato Grosso e na CME-Group diminuiu 5,11%, sinalizando perda de competitividade nas exportações. Enquanto isso, a paridade de exportação para julho de 2026 foi estimada em R$ 38,60/sc — ainda abaixo da média praticada no estado.

No mercado interno, a firmeza da demanda mantém os preços sustentados. A cotação do milho fechou a última semana a R$ 45,29/sc em MT, com alta semanal de 2,13%. Já o dólar comercial encerrou o período a R$ 5,36, o que influencia diretamente os custos de exportação.

Com gargalos logísticos e foco no consumo interno, Mato Grosso tem escoado menos milho em 2025, impactando a balança exportadora do estado. Ainda que o Brasil mantenha um ritmo positivo em setembro, a pressão por reorganização nos portos e maior competitividade internacional será determinante para o desempenho do último trimestre do ano.

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