Os preços dos principais grãos apresentaram quedas nas negociações iniciais desta terça-feira (12), enquanto o mercado aguarda o novo relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com as estimativas de oferta e demanda para a safra 2025/2026. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo, a soja e o milho mostraram recuos em Chicago, refletindo expectativas de ajustes nos volumes de produção e estoques, além de fatores externos que impactam a competitividade global. 

No mercado do trigo, os contratos para setembro e dezembro de 2025 fecharam em baixa, influenciados pelo aumento da colheita de inverno nos EUA e pela forte oferta de grãos do Hemisfério Norte. A colheita americana está adiantada, com 90% da área adequada já colhida, e a qualidade das plantas de primavera melhora, embora ainda abaixo dos níveis do ano anterior. No Brasil, a colheita nacional de trigo avançou para 4% da área plantada, segundo dados da Conab.

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A soja registrou queda após alta na véspera, impulsionada por declarações do ex-presidente Trump. O mercado monitora a prorrogação da trégua tarifária entre EUA e China por mais 90 dias e a recente conversa entre os presidentes da China e do Brasil, que reafirmou o apoio à cooperação entre os países do Sul Global. Em relação às lavouras americanas, a qualidade da soja caiu ligeiramente, com destaque para Illinois e Iowa, os maiores estados produtores.

 

Já o milho sofre pressão com a expectativa de produção recorde nos EUA, estimada em quase 406 milhões de toneladas para 2025/2026, e com a entrada acelerada da safra brasileira no mercado, que já tem 83,7% da área apta colhida. A condição das lavouras nos EUA mantém-se estável, com avanço significativo nos estágios de desenvolvimento das plantas.