A suspensão temporária da elaboração da lista nacional de espécies exóticas invasoras reabriu o debate sobre critérios técnicos e impactos econômicos no campo. A decisão foi anunciada após manifestações de representantes do setor produtivo, que pediram mais diálogo diante da inclusão de espécies amplamente utilizadas no país. A minuta apresentada em outubro classificava como exóticas invasoras peixes, crustáceos, frutas e árvores presentes em cadeias consolidadas.
Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária apontaram que a proposta poderia gerar insegurança jurídica em atividades como aquicultura, fruticultura e florestas plantadas. Houve destaque para o peso econômico da tilapicultura no Sul, a relevância industrial de pinus e eucalipto e o papel dessas culturas na renda de comunidades rurais. Também foi ressaltada a importância de metodologias baseadas em evidências científicas e na avaliação de efeitos socioeconômicos.
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“A lista apresentada precisava de uma aproximação maior com a realidade da produção brasileira. Nosso papel é garantir que qualquer decisão considere os impactos para quem produz e para quem vive da atividade agropecuária”, disse o presidente da FPA, o deputado Pedro Lupion. Sobre a tilápia, o deputado reforçou que 70% do pescado do país é produzido no Paraná. “É uma cadeia estruturada, sustentável e essencial para milhares de famílias,” disse.
A suspensão anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente prevê ampliar o diálogo com setores econômicos e instituições de pesquisa antes da retomada do processo. A frente parlamentar defende a criação de um grupo técnico interministerial para revisar critérios e construir diretrizes que aliem conservação, segurança jurídica e continuidade produtiva.
















