Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo segue em ritmo lento no Sul do país, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde o plantio foi retomado no sábado (07/06) e deve ganhar força com a previsão de tempo firme até o dia 13/06. No entanto, ainda há incertezas quanto ao tamanho da área final cultivada no estado, que deverá ser menor do que a do ano passado. Estima-se que restem entre 320 mil e 370 mil toneladas de trigo disponíveis para comercialização, com os moinhos locais praticamente abastecidos até o fim de julho.
No mercado disponível gaúcho, os negócios ocorrem de forma pontual e com preços variando conforme a localização. Trigo de boa qualidade é negociado entre R$ 1.300,00 e R$ 1.400,00 a tonelada, com maior facilidade de venda para quem está próximo aos moinhos. As exportações previstas para dezembro seguem com preços a R$ 1.305,00, mas sem movimentação dos moinhos. Em Panambi, o preço da saca se manteve em R$ 70,00.
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Em Santa Catarina, houve alguns negócios pontuais, mas fora do mercado padrão. A indicação dos moinhos gira em torno de R$ 1.420,00 a R$ 1.430,00 CIF, com vendas pontuais de sobra de semente a R$ 1.500 FOB. Chegaram ao estado carregamentos de trigo melhorador do RS a R$ 1.460 + ICMS. Os preços pagos aos produtores seguem estáveis em Canoinhas (R$ 78,00/saca), com leves variações em outras praças. Chama atenção a queda de 20% na venda de sementes em relação ao ano anterior, indicando possível redução na área plantada.
No Paraná, o plantio alcançou 78% da área estimada, com 100% das lavouras em boas condições, conforme o DERAL. Do total, 12% estão em germinação, 87% em desenvolvimento vegetativo e 1% em floração. A expectativa, contudo, é de uma área menor devido às frustrações de safras anteriores. O mercado segue travado, com produtores pedindo no mínimo R$ 1.550/t FOB.