O empresário João Gustavo Ricci Volpato, preso na manhã desta quarta-feira (30) durante a Operação Sepulcro Caiado, é apontado como elemento central de um esquema de fraudes judiciais que causou um rombo de mais de R$ 21 milhões ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi nomeado em abril deste ano para um cargo federal de confiança na Agência Nacional de Mineração (ANM).
A indicação foi feita pelo deputado federal Emanuelzinho (MDB), filho do ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, com o aval do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Na época, a nomeação gerou críticas por Volpato não ter formação ou experiência no setor mineral, foi chancelada pelo governo federal.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
Antes disso, Volpato também ocupou cargos na Prefeitura de Cuiabá, como secretário de Habitação e secretário-adjunto de Saúde, ambos durante a administração de Emanuel Pinheiro.
Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Estelionato, Volpato seria o pivô de um esquema complexo de falsificação de documentos e movimentações judiciais ilícitas, operado com auxílio de familiares, advogados e um servidor do TJMT, identificado como Mauro Ferreira Filho, que também teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido.
O grupo é suspeito de forjar execuções de dívidas inexistentes, utilizando nomes de empresas controladas por Volpato, representadas nos processos pelos advogados Wagner Vasconcelos de Moraes e Melissa Praeiro Vasconcelos de Moraes, que também foram alvos da operação.
As ações fraudulentas envolviam a apresentação de comprovantes bancários falsificados para simular o pagamento das dívidas em juízo. Com o auxílio do servidor do TJ, os valores fictícios eram migrados da conta única do tribunal para contas judiciais específicas, permitindo que fossem sacados como se fossem legítimos.