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Justiça Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 10:40 - A | A

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ESCÂNDALO NO TJMT

Esquema de agiotagem virou indústria de ações falsas e desviou R$ 21 milhões

Grupo liderado por João Gustavo Volpato simulava processos com apoio de servidor do TJMT e advogados sem procuração. Polícia estima desvio de R$ 21 milhões

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

Durante as investigações que culminaram na Operação Sepulcro Caiado, a Polícia Civil identificou que o grupo de golpistas ajuizava ações de execução respaldadas em dívidas originadas de ‘agiotagem’. Os valores eram aumentados, o que fazia com que os credores fizessem acordos falsos, judiciais ou extrajudiciais. Os beneficiários da fraude, segundo as autoridades, seriam João Gustavo Ricci Volpato, apontado como mentor intelectual da organização criminosa, e seus familiares.

A apuração também demonstrou que Volpato atuava como agiota. Uma das vítimas do golpe procurou as autoridades e contou que fez um empréstimo no valor de R$ 80 mil diretamente com o líder do grupo, antes da pandemia. O cliente quitou a dívida, integralmente, de forma extrajudicial.

Posteriormente, todavia, foi alvo de uma suposta ação judicial de quase R$ 2 milhões. A vítima afirmou desconhecer os débitos e não possui condições financeiras para arcar com o pagamento.

Além disso, nunca firmou termos de acordo com o grupo, embora tenha reconhecido sua assinatura em um dos documentos. Sobre isso, ele afirma que a assinatura foi utilizada indevidamente. Também relatou que nunca outorgou poderes ao advogado Régis Poderoso de Souza apontado como membro da organização criminosa.

A ação policial descortinou um esquema de desvio da conta única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em um período de três anos, de 2019 a 2022. Na fraude, o grupo simulava ações judiciais por meio de advogados que sequer possuíam procuração para representar a parte devedora.

A ‘orcrim’ contava com o servidor do TJMT, Mauro Ferreira Filho, que inseria falsos comprovantes de pagamento no sistema do judiciário mato-grossense. Com isso, os valores eram liberados para contas vinculadas a João Gustavo.

Estima-se que o grupo tenha desviado R$ 21 milhões dos cofres públicos. Mas, o valor pode ser ainda maior, segundo a Polícia Civil. Dentre os alvos estão membros da família Volpato, servidores do TJMT e sete advogados.

Dez pessoas foram presas na operação, que foi deflagrada na quarta-feira (30). Mauro Ferreira Filho é o único foragido. Ele continua sendo procurado pelas autoridades.  

LEIA MAIS: STJ assume inquérito de operação que apura fraude de R$ 21 milhões no TJMT

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