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FAMÍLIA DO CRIME

Líder de esquema no TJ é irmão de dentista suspeito de desviar R$ 40 mi

João Gustavo Volpato foi preso por fraude no TJMT. Seu irmão, Luiz Evaristo, é investigado por esquema de pirâmide que movimentou R$ 40 milhões no Conselho de Odontologia

Conteúdo Hipernotícias

Apontado como líder de uma organização criminosa que desviou R$ 21 milhões da Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Gustavo Ricci Volpato é irmão do cirurgião-dentista Luiz Evaristo Volpato, investigado por suposto esquema de pirâmide que desviou R$ 40 milhões do Conselho Federal de Odontologia (CFO) entre 2021 e 2022.

O golpe, supostamente articulado por Luiz Evaristo, teria acontecido durante a pandemia da Covid-19 sob o pretexto de ajudar dentistas que tiveram a renda prejudicada pela doença.

O desvio teria envolvido diretores e ex-diretores do CFO, incluindo Luiz Evaristo Volpato, que era tesoureiro na época dos fatos, e a empresa Solstic Capital, que seria a intermediária entre o conselho e o banco BTG Pactual para facilitar a liberação dos recursos aos associados interessados.

O CFO informou que foram feitas diversas transferências à Solstic Capital na ordem de R$ 40 milhões. Entretanto, a empresa devolveu R$ 8 milhões, isto é, apenas parte do montante.

O caso é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Já seu irmão, João Gustavo Volpato, foi preso no bojo da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil na quarta-feira (30). A ação policial descortinou um esquema que desviou R$ 21 milhões da Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

João Gustavo é apontado como líder de uma organização criminosa composta por servidores do Judiciário mato-grossense e advogados.

O golpe funcionava da seguinte maneira: sob o comando de Volpato, os membros da ‘orcrim’ ajuizavam ações judiciais fraudulentas, cobrando valores exorbitantes de supostos devedores.

Em conluio, advogados confeccionavam procurações falsas dando poder de representação aos supostos devedores. Mas para o desvio ser efetivado, era preciso ter alguém infiltrado no TJMT.

É aí que entra o técnico judiciário Mauro Ferreira Filho. Ele era responsável por inserir falsos comprovantes de pagamento no sistema da Justiça de Mato Grosso.

Com o suposto pagamento, os valores eram liberados da Conta Única e transferidos para uma conta bancária vinculada a João Gustavo.

Os processos eram antigos, anteriores a 2010. O grupo atuou por três anos, entre 2019 e 2022. No entanto, a polícia não descarta mudança no modus operandi que possa ter mascarado outros desvios.

Por isso, as investigações continuam. Dos 11 mandados de prisão, dez foram cumpridos. Entre os presos estão sete advogados. O único foragido é Mauro Ferreira Filho, mas as autoridades continuam em diligências para localizá-lo.

LEIA MAIS: Dentista cuiabano é citado em desvio de R$ 40 milhões no CFO, mas nega envolvimento

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