Depois da leve alta registrada na sessão anterior, o preço da soja voltou a cair na bolsa de Chicago, novamente olhando para os fundamentos de uma demanda enfraquecida pelo grão americano. Os contratos da soja para novembro caíram 0,30%, a US$ 10,09 o bushel.
Pelo segundo dia consecutivo, a China aproveitou a suspensão dos impostos para exportações de grãos da Argentina e adquiriu mais dez navios de soja do país vizinho. Em dois dias, o volume negociado com os argentinos superou 1 milhão de toneladas, de acordo com cálculos da Royal Rural.
A consultoria destaca que o movimento dos chineses esfria ainda mais a demanda por soja dos EUA, jogando pressão de baixa para as cotações em Chicago, ao mesmo tempo em que também reduz a força dos prêmios de exportação no Brasil. Com a disputa comercial entre americanos e chineses, os asiáticos ainda não efetuaram nenhuma compra de soja dos EUA referente à safra 2025/26.
O preço do milho também cedeu em Chicago, após alta na véspera. Os lotes do cereal para dezembro fecharam em queda de 0,47%, a US$ 4,2425 o bushel.
As cotações rapidamente retomaram a trajetória de queda vista há tempos na bolsa, com uma conjuntura favorável em termos de oferta. Apesar do atraso no início da colheita de milho nos EUA em 2025/26, o país deve mesmo confirmar uma produção recorde, com mais de 425 milhões de toneladas, segundo última previsão do Departamento de Agricultura americano (USDA).
O trigo fechou em leve queda na bolsa de Chicago. Os lotes para dezembro tiveram baixa de 0,19%, a US$ 5,1950 o bushel.