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Safra de milho contribui

Custos menores e consumo interno devem sustentar crescimento da produção de ovos em 2026

Safra maior de milho tende a elevar os estoques de passagem no início do ano, contribuindo para preços mais baixos, diz relatório

Administração

Por 
Gabriella Weiss — São Paulo-Globo Rural

 

 
 

A produção brasileira de ovos deve crescer entre 4% e 5% em 2026, apoiada por custos mais baixos de ração e pelo consumo doméstico, projeta a Consultoria Agro do Itaú BBA em relatório. A safra maior de milho tende a elevar os estoques de passagem no início do próximo ano, contribuindo para preços internos mais baixos. Há também espaço para avanço das exportações, condicionado à retomada do mercado americano. 

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No primeiro semestre de 2025, o país somou 2,447 bilhões de dúzias de ovos, alta de 7,6% na comparação anual, de acordo com dados do IBGE citados no relatório. Desse volume, 83% foram destinados ao consumo, com um crescimento de 9,2%. A produção para incubação aumentou 0,8%.

Mesmo com recuo dos preços após o pico sazonal do início do ano, as margens do produtor permaneceram positivas. No atacado, a caixa de 30 dúzias atingiu R$ 248 em março e recuou para R$ 173 na média de outubro. Ao produtor, o valor passou de R$ 204 para R$ 142 por caixa no período. O relatório aponta que a queda de preços foi compensada pela redução nos custos de insumos: o milho acumulou retração de 27% desde março e a soja se manteve estável.

O alojamento de pintainhas, indicador de oferta futura, desacelerou após maio. No acumulado até agosto, houve um crescimento de 1,6%, com 94,4 milhões de cabeças alojadas. 

Exportações e consumo interno 

As exportações, que representam menos de 1% da produção brasileira, cresceram 44,8% até setembro, totalizando 46 mil toneladas. O desempenho ocorreu apesar do tarifaço dos Estados Unidos, principal destino do produto, e do fechamento temporário de mercados após o registro de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Além dos EUA, México, Japão e Emirados Árabes Unidos ampliaram compras.

O relatório destaca que o consumo interno segue como principal motor do setor. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo per capita alcançou 269 unidades em 2024, com crescimento médio de 4% ao ano na última década. 

Desafios e oportunidades 

O relatório destaca que o setor de postura no Brasil permanece fragmentado, com diferentes níveis tecnológicos e de gestão. Segundo o estudo, esse cenário abre espaço para ganhos de eficiência e maior consolidação empresarial, apoiada por margens positivas e custos menores.

A sanidade avícola é apontada como ponto estratégico, com recomendação de reforço de biosseguridade e vigilância para preservação do status sanitário e manutenção do acesso aos mercados internacionais.

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