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Notícias do Agro Terça-feira, 02 de Setembro de 2025, 16:38 - A | A

Terça-feira, 02 de Setembro de 2025, 16h:38 - A | A

Troca desfavorável

Cenário desafiador: fertilizantes caros desafiam mercado

Produtor inicia safra com troca de insumos desfavorável

 

 
Agrolink - Seane Lennon
 
Foto: Divulgação

O Brasil inicia a safra 2025/26 em um dos cenários mais desafiadores dos últimos anos no mercado de fertilizantes, marcado por relações de troca consideradas desfavoráveis. De acordo com a StoneX, esse movimento não é exclusivo do país e tende a pressionar as margens dos agricultores, além de colocar em dificuldades produtores sem um gerenciamento adequado de custos e de risco.

Segundo o analista de Inteligência de Mercado da companhia, Tomás Pernías, a última vez em que a atual relação de troca foi observada ocorreu em 2022, quando a guerra entre Rússia e Ucrânia elevou fortemente os preços dos fertilizantes.

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No caso do MAP (fosfatado), 2025 tem sido marcado por oferta global apertada e disputa intensa entre compradores. De acordo com Pernías, “os preços permaneceram elevados e, somados às cotações enfraquecidas da soja, resultaram em algumas das piores relações de troca já registradas”.

O analista destacou ainda que, “em momentos críticos, o produtor precisou de ao menos 30 sacas de soja para adquirir uma tonelada de MAP. Esse quadro levou importadores brasileiros a buscar alternativas à base de fósforo menos concentrado, que por vezes ofereceram um melhor custo-benefício”. 

No mercado da ureia, a volatilidade predominou ao longo de 2025, sem trazer vantagens consistentes aos compradores brasileiros. As restrições de exportação impostas pela China, grande fornecedora global, reduziram a oferta, enquanto a Índia manteve compras ativas em função das monções favoráveis às aplicações de fertilizantes, o que sustentou os preços internacionais.

“Nos últimos dias, surgiram sinais de alívio. A China anunciou a retomada parcial das exportações de fosfatados e a demanda internacional mostrou resistência a preços mais altos, gerando quedas recentes nas cotações. Ainda assim, como parte importante das compras brasileiras para a próxima safra já foi concluída, os custos elevados registrados ao longo do ano deverão ser absorvidos pelo setor na temporada que se inicia em breve”, concluiu Pernías.

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