O Brasil avança com protagonismo na transição energética global, impulsionado por inovação tecnológica, políticas públicas robustas e uma matriz produtiva baseada em fontes renováveis. Segundo a União da Indústria de cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), cerca de 49% da matriz energética brasileira vem de fontes limpas, enquanto a média mundial gira em torno de 15%. Grande parte desse desempenho se deve à bioenergia, com destaque para a cana-de-açúcar, milho e silvicultura. 

De 12 a 15 de agosto, a 31ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho (SP), trará à tona os avanços do setor bioenergético, que hoje representa cerca de 18% da matriz nacional. Etanol, biogás, biometano e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) ganham protagonismo como soluções de descarbonização.

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Para Luciano Rodrigues, diretor da UNICA, políticas como o RenovaBio e o Programa Combustível do Futuro têm papel estratégico ao estimular metas de redução de emissões, misturas obrigatórias e marcos regulatórios para o carbono. Já o Programa Mover incentiva o uso de tecnologias de baixa emissão, como carros híbridos movidos a etanol. 

"No Brasil, o RenovaBio estabelece metas compulsórias de descarbonização para os distribuidores de combustíveis e cria o mercado de créditos de descarbonização (CBIOs), internalizando o valor do carbono e premiando a eficiência ambiental dos biocombustíveis", detalha.

A inteligência artificial também desponta como aliada ao setor, tanto na agricultura de precisão quanto no aumento da eficiência produtiva. A digitalização crescente eleva a demanda energética, abrindo espaço para a bioenergia como solução limpa e estratégica. O evento da Fenasucro & Agrocana reforçará esse cenário promissor, com o Brasil como exemplo de sustentabilidade e inovação.