O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), por meio da 21ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, se manifestou contra o pedido da defesa do ex-procurador da Assembleia Legislativa, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, que solicitou a reprodução simulada do homicídio do morador de rua Ney Müller Alves Pereira, ocorrido no dia 9 de abril, na capital.
Na manifestação assinada nesta quinta-feira (22), o promotor de Justiça Samuel Frungilo afirmou que a reconstituição é desnecessária, uma vez que o crime foi registrado por câmeras de segurança. “O crime foi gravado por câmeras no local, com imagens claras e suficientes para esclarecer como os fatos ocorreram. A defesa, inclusive, não apresentou nenhum argumento técnico que justifique a realização da simulação”, destacou o promotor.
Frungilo ainda classificou o pedido como uma manobra com objetivo de atrasar o andamento do processo. “A reconstituição se mostra impertinente e meramente protelatória. Por isso, deve ser indeferida”, completou.
Conforme a denúncia do Ministério Público, já aceita pela Justiça, o crime foi motivado por vingança e cometido de forma que impossibilitou qualquer defesa por parte da vítima, que foi surpreendida e assassinada sem chance de reação.