Uma ação de reparação de danos materiais e morais no valor de R$ 24 mil, movida pela personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes contra o policial militar Raylton Mourão e sua esposa, Aline Kounz, por um acidente de trânsito, pode ter motivado o assassinato da profissional na manhã de quinta-feira (11), em Várzea Grande. O crime, supostamente cometido pelo policial, está ligado a um processo datado de 15 de julho deste ano.
Nos autos, consta que Rozeli trafegava pela Avenida Filinto Muller em Várzea Grande em seu veículo Renault Sandero, no dia 20 de março deste ano, quando um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline, fez uma manobra irregular e invadiu a via preferencial.
Para evitar uma colisão possivelmente fatal, a personal trainer freou bruscamente, o que fez com que um motociclista batesse na traseira do carro dela. O prejuízo estimado do conserto do carro de Rozeli foi orçado entre R$ 6.800 a R$ 9.654,63. A personal trainer tentou acordo com o policial e a esposa dele, mas sem sucesso.
Por isso, Rozeli optou por entrar na Justiça para obter os valores referentes ao conserto e danos morais. A ação foi proposta no dia 15 de julho e menos de dois meses depois, a mulher foi assassinada. Além disso, a audiência estava marcada para a semana do homicídio.
Conforme o delegado Bruno Abreu, que apura o caso, Rozeli estava sofrendo ameaças. No sábado, o casal foi alvo de busca e apreensão. Raylton não foi encontrado em seu plantão e é suspeito de ter fugido. Na casa do casal, a polícia localizou apenas a arma funcional do militar.
As câmeras de segurança do local foram removidas. A esposa do soldado, Aline Kounz, também não foi encontrada, pois teria deixado o trabalho às pressas após ser informada sobre a ação policial. Com as buscas, o objetivo das autoridades era coletar os celulares dos dois para análise.
A Polícia Civil continua apura o caso.
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