O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decretou, neste sábado (7), a prisão preventiva do empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, de 33 anos, após o Judiciário constatar que ele descumpriu reiteradamente uma Medida Protetiva de Urgência expedida no fim de novembro. A decisão foi assinada pelo magistrado Jean Garcia de Freitas Bezerra, do Plantão de 1º Grau de Cuiabá.
Segundo o documento, Pezzin havia sido intimado da medida no dia 26 de novembro de 2025, mas, em vez de cumprir as determinações, cujo teor não foi detalhado na decisão tornada pública, ele voltou a procurar ou se aproximar da vítima, “demonstrando desprezo pela ordem judicial e colocando-a em situação de risco contínuo”.
O juiz afirma que o descumprimento ocorreu poucos dias após a intimação, o que evidenciaria que “as medidas cautelares diversas da prisão se mostram absolutamente insuficientes e inadequadas ao caso”. Diante da reiteração de condutas violadoras da ordem judicial, foi determinada a prisão preventiva.
O mandado de prisão tem validade até 7 de dezembro de 2045 e poderá ser cumprido por qualquer autoridade policial do país. O documento ordena que Pezzin seja “preso e recolhido a unidade prisional”, permanecendo à disposição do Judiciário.
Após o cumprimento, a polícia deve comunicar imediatamente o juízo responsável e, caso a detenção aconteça fora da comarca de Cuiabá, também a autoridade judicial local para realização da audiência de custódia.
Pezzin é filho de Cláudia Márcia Teixeira Pezzin e Joalcyr Rodrigues de Almeida. O mandado foi expedido dentro do processo nº 1024196-34.2025.8.11.0042, sob tipificação relacionada ao artigo 22 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que trata especificamente de medidas protetivas.
CASOS ENVOLVENDO PEZZIN
Além do descumprimento da medida protetiva, José Clóvis Pezzin de Almeida já foi citado em outros episódios que ganharam repercussão em Mato Grosso. Em janeiro de 2024, ele se envolveu em um grave acidente na MT-010, quando seu Porsche atingiu o carro conduzido por um jovem de 20 anos, que ficou em coma e sofreu múltiplas lesões. A investigação do caso ainda aguarda oitivas pendentes.
No mês seguinte, Pezzin foi alvo da Operação Hades, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas, que apura tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Ele chegou a ser preso em Cuiabá, mas conseguiu habeas corpus dias depois.
Em maio de 2025, o empresário voltou às manchetes após uma confusão no restaurante Haru, na Praça Popular. Imagens mostram Pezzin avançando com o carro contra a estrutura externa do estabelecimento e atropelando uma mulher, após uma briga dentro do local. A defesa alegou legítima defesa, mas o caso segue sendo investigado pela polícia.















