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VENDA DE SENTENÇAS

PF vasculha celular de lobista e encontra evidência de transferência milionária a filha de ministro

PF pede a ampliação das apurações e a manutenção das medidas cautelares impostas contra o lobista mato-grossense Andreson Oliveira Gonçalves, apontado como um dos articuladores do esquema junto ao advogado Roberto Zampieri,

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A Polícia Federal identificou um possível pagamento irregular de R$ 1,2 milhão à advogada Catarina Buzzi, filha do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marco Buzzi, durante as investigações da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de negociação de sentenças no Judiciário. Evidência foi encontrada no celular do lobista mato-grossense Andreson Gonçalves.

Segundo reportagem do Olhar Jurídico, a informação consta em um relatório parcial de 400 páginas encaminhado pela PF, no último dia 6, ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento pede a ampliação das apurações e a manutenção das medidas cautelares impostas contra o lobista mato-grossense Andreson Oliveira Gonçalves, apontado como um dos articuladores do esquema junto ao advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023.

De acordo com o relatório, a fotografia de uma suposta transferência bancária de R$ 1,12 milhão para contas de Catarina Buzzi e outra pessoa foi encontrada na galeria do celular de Andreson. A imagem teria sido registrada poucos dias após ela trocar mensagens com Zampieri.

As investigações indicam que o grupo empresarial Fource Consultoria Participações, ligado a Haroldo Filho e Valdoir Slapak, seria usado para dar aparência de legalidade às operações financeiras. A empresa, que se apresentava como especializada em recuperação judicial, é suspeita de simular litígios e forjar falências para movimentar altos valores e ocultar a origem do dinheiro.

A PF aponta que o esquema teria movimentado cerca de R$ 14,5 milhões, com Zampieri atuando como intermediário junto ao TJMT e ao STJ, enquanto Andreson mantinha articulações diretas em gabinetes de Brasília.

No relatório, o delegado responsável defende a manutenção das restrições impostas aos investigados, inclusive o afastamento de servidores públicos, para evitar a reativação da rede de influência. Andreson segue em prisão domiciliar em Primavera do Leste (MT), onde vive com a esposa, a advogada Mirian Gonçalves, também investigada.

Em nota ao jornal O Globo, a defesa de Catarina Buzzi classificou a citação de seu nome como “maliciosa e descabida”, afirmando que ela nunca atuou em processos envolvendo a Fource e que não é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal.

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