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OPERAÇÃO FAIR PLAY

Justiça mantém prisão de amigo que ajudou tesoureiro do CV a comprar apartamento de luxo em SC

Marllon Mesquita é suspeito de movimentar quase R$ 280 mil para ocultar valores do tráfico em nome do Comando Vermelho

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Marllon da Silva Mesquita, acusado de integrar o Comando Vermelho (CV) e de lavar dinheiro para Paulo Witer Farias Paello, o WT, considerado o ‘contador’ da facção. A decisão é desta segunda-feira (28).

Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Marllon teria movimentado R$ 279.775,65, valor considerado incompatível com sua renda à época dos fatos. Ele também é investigado por realizar depósitos fracionados de baixos valores, técnica conhecida como smurfing para tentar despistar a origem ilegal do dinheiro, em nome de empresas supostamente utilizadas para abastecer financeiramente a organização criminosa.

Ao indeferir o pedido da defesa, a magistrada afirmou que não houve qualquer fato novo capaz de justificar a soltura do réu. Para a juíza, continuam presentes os requisitos legais para a prisão preventiva: a existência de indícios de autoria e a necessidade de garantir a ordem pública e econômica.

"Restam evidenciados os motivos ensejadores da custódia preventiva, uma vez que nenhuma outra medida cautelar se mostra suficiente para acautelar a ordem pública, diante da necessidade de interromper a atuação da organização criminosa, bem como para resguardar a ordem econômica, estando a segregação devidamente fundamentada", escreveu Alethea na decisão.

A magistrada também destacou que a prisão segue alinhada à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconhecem a gravidade da atuação de facções criminosas como justificativa para manter acusados presos cautelarmente.

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OPERAÇÃO FAIR PLAY
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em novembro de 2024 para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro promovido pelo Comando Vermelho. A investigação revelou que o grupo de Paulo Witer utilizou a compra de um apartamento de mais de R$ 1 milhão em Itapema, Santa Catarina, para ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas. A operação cumpriu 19 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas e apreensões, além do sequestro de veículos, bloqueio de contas bancárias e suspensão de atividades econômicas de empresas envolvidas.

A operação é um desdobramento da Apito Final e contou com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.

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