A Juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que a defesa do casal de estelionatários Elaine Silva Ribeiro Falci e Alexander Falci providencie os meios necessários para que os réus sejam interrogados por videoconferência. Ambos estão custodiados nos Estados Unidos e são acusados são acusados de darem golpe em pelo menos seis empresas de confecção entre 2016 e 2017
Na decisão assinada nesta terça-feira (15), a juíza Alethea Assunção Santos considerou que a expedição de carta rogatória para a realização do interrogatório seria uma medida “excessivamente burocrática, com tramitação morosa e sem garantia de efetivo cumprimento”. Ela também destacou a possibilidade de que os acusados retornem ao Brasil antes da efetivação da diligência.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o casal, que teve a prisão preventiva revogada em abril de 2025, adquiriu uma empresa intitulada Comercial Dardanellos, em nome de um “laranja”, para fazer compras dessas confecções e não fazia os pagamentos. A Comercial Dardanellos foi adquirida de outro casal condenado a 28 anos de prisão.
Elaine e Alexander tiveram a prisão preventiva decretada em julho de 2024, pelos prejuízos de R$ 88,3 mil (R$ 145 mil em valores corrigidos pelo IPCA), pelos golpes ocorridos entre 2016 e 2017.
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Além da oitiva por videoconferência, a juíza determinou vista dos autos ao Ministério Público para que o órgão possa avaliar a possibilidade de propor um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) aos investigados.
“Sem prejuízo à determinação anterior, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para eventual formulação de proposta de Acordo de Não Persecução Penal”, finalizou.