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VENDA DE SENTENÇAS

Dono de Porsches e operador financeiro de lobista em MT movimentou mais de R$ 6,5 mi, diz PF

Relatório da PF revela movimentações suspeitas de R$ 60 milhões e repasses milionários da empresa de Andreson Gonçalves

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O empresário Diego Cavalcante Gomes, apontado como operador financeiro do esquema do lobista Andreson Gonçalves recebeu R$ 6,55 milhões entre outubro de 2021 e dezembro de 2023 da empresa Florais Transportes Ltda. As informações são do relatório feito pela Polícia Federal (PF) sobre a Operação Sisamnes que investiga venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em tribunais estaduais, incluindo o de Mato Grosso.

De acordo com as investigações, Diego atuava na lavagem de dinheiro das negociatas. Os repasses feitos pela empresa Floreais Transportes, que é do próprio Andreson, confirmaram as suspeitas.

Quebras de sigilo bancário mostraram que foram feitos 71 depósitos com valores que variavam de R$ 5 mil a R$ 215 mil, sem respaldo em contratos ou negócios legítimos. Segundo o relatório, a falta de lastro econômico para esses repasses constitui forte indício de ocultação de valores.

Ainda segundo a PF, de 2018 a 2024, Diego movimentou mais de R$ 60 milhões entre créditos e débitos, incluindo 520 saques em espécie que totalizaram R$ 9,1 milhões, sendo a maior parte realizada em agências de Brasília (DF) de forma fracionada. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) destacou fatores suspeitos, como operações incompatíveis com a renda declarada, movimentações em espécie sem necessidade e fragmentação proposital de saques.

LEIA MAIS: Empresário suspeito de obstruir operação sobre venda de sentenças no STJ se entrega à PF

A investigação reforçou a ligação direta de Diego com Andreson por meio de conversas extraídos do celular do empresário. Em uma conversa de julho de 2023, Andreson que tinha salvo o contato do empresário como DIOGO BRASÍLIA, mudando uma letra do nome, solicitou a transferência de R$ 25 mil para Diego, que respondeu “esqueci, já mando fazer”, confirmando a rotina das operações do grupo.

Diego se entregou à Polícia Federal e foi preso preventivamente em maio deste ano, durante a 5ª fase da Operação Sisamnes por obstruir a Justiça, “visando embaraçar a execução das medidas judiciais”. Um dia antes ele teve seus Porsches, incluindo um modelo Cayenne avaliado em até R$ 1 milhão, apreendidos pela Polícia.

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