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Justiça Sexta-feira, 02 de Maio de 2025, 17:18 - A | A

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CASO EMELLY

Defesa de irmão e ex-noivo de Nataly aponta “prejuízos irreparáveis” causados por julgamento social

Advogado afirma que investigações descartaram, ao menos preliminarmente, qualquer envolvimento de Cícero Martins e Christian Cebalho no crime, mas diz que os dois enfrentam condenação pública e danos à reputação

Conteúdo Hipernotícias
Redação

A defesa de Cícero Martins e Christian Cebalho, irmão e ex-noivo de Nataly Hellen Martins — assassina confessa da adolescente grávida Emelly Beatriz Sena — afirmou que a principal preocupação no momento não está no campo jurídico, mas na forma como os dois vêm sendo julgados pela sociedade.

“A nossa maior preocupação no momento não é com a Justiça, mas sim com a sociedade, essa impressão que se tem sobre eles, que vem trazendo prejuízos irreparáveis. Essa é a nossa preocupação no momento,” declarou o advogado Ícaro Vione, responsável pelo caso.

Ele explicou que a primeira fase das investigações foi concluída com a denúncia formal contra Nataly, e que a apuração “já descartou, pelo menos preliminarmente, qualquer participação, tanto do Cícero quanto do Christian, no ato em si”.

Vione também mencionou provas que, segundo a defesa, reforçam a inocência dos dois. “Temos imagens de câmeras de segurança interna que comprovam a entrada do Christian no trabalho, o horário que ele entrou e saiu. Temos também, quanto ao Cícero, que ele também estava no trabalho, onde ele trabalhava tem registro de entrada", disse.

Além dos registros, testemunhas devem reforçar a versão apresentada. “Todos eles têm, aliás, testemunhas, sejam colegas de trabalho, sejam chefes que acompanharam ele naqueles dias e sabem que eles não estavam lá no local. Isto é fato, não há dúvidas quanto a isso", complementou o advogado.

AUDIÊNCIA

A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 7 de maio, por videoconferência. O juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra Nataly.

Ela responde por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

Segundo a denúncia, a vítima, Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, foi escolhida por ser jovem, negra e pobre — sob a suposição de que o crime teria pouca repercussão social.

 

 

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