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JÚRI POPULAR

Crime brutal em terreno baldio vai a julgamento 11 anos depois em Mato Grosso

Manoel Fernandes da Silva foi espancado até a morte por, supostamente, ter assediado esposa de Jarbas Alves de Almeida

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu levar a júri popular, nesta quinta-feira (8), Jarbas Alves de Almeida, conhecido como “Neguinho”, acusado de assassinar Manoel Fernandes da Silva, ocorrido na madrugada de 12 de maio de 2013, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime foi praticado com extrema violência e teve como comparsa Lucian Cypliano Oliveira da Silva.

Os dois acusados consumiam bebidas alcoólicas e drogas quando avistaram Manoel, que sofria de transtornos mentais, supostamente assediando a mulher de Jarbas. Ele estaria segurando um preservativo e exibindo seus genitais, o que a deixou em desespero. Após a abordagem, a vítima foi perseguida até um terreno baldio e agredida com pedaços de pau e capacetes.

Testemunhas relataram gritos de socorro da vítima e ameaças dos agressores. Uma vizinha chegou a ouvir da vítima: “pelo amor de Deus, para... me ajudem!”, enquanto um dos agressores teria respondido “nós vamos matar você, seu tarado”. A mulher acionou a polícia, mas os suspeitos fugiram antes da chegada da viatura. O corpo de Manoel foi encontrado ao amanhecer, com lesões graves na cabeça.

A materialidade do crime foi comprovada por laudos periciais e exames de necropsia. A denúncia foi recebida ainda em 2013, e Jarbas teve prisão preventiva decretada. Ele permaneceu foragido por mais de uma década até ser localizado em abril de 2024, em Sinop (480 km de Cuiabá).

Durante o interrogatório, Jarbas permaneceu em silêncio. Já o corréu Lucian confessou ter participado da agressão, afirmando ter atingido a vítima com um capacete, mas negou intenção de matar. Ele atribuiu os golpes fatais a Jarbas, que teria usado um pedaço de madeira.

“A confissão do corréu Lucian Cypliano Oliveira da Silva, tanto na fase extrajudicial quanto em juízo, descreve o contexto dos fatos, reconhecendo que o réu Jarbas Alves Almeida desferiu golpes fatais na vítima utilizando um pedaço de madeira”, diz trecho do voto do magistrado Jorge Luiz Tadeu Rodrigues em dezembro de 2024.

 

 

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