Durante os depoimentos de testemunhas nesta segunda-feira (14) sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, riu da pergunta do Jeffrey Chiquini — representante de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro.
O questionamento se referia a uma suposta reunião ocorrida no dia 19 de novembro no Palácio da Alvorada. O advogado não gostou da risada, se irritou e questionou CID sobre o motivo da risada. Moraes, então, pediu para o advogado se comportar e não tumultuar.
Segundo Cid, Bolsonaro fez alterações no documento. O militar também disse que Filipe Martins seria um dos autores da minuta e estava presente quando o ex-presidente apresentou o texto com os “considerandos” aos comandantes das Forças Armadas.
Viés político
Na manhã desta segunda, o analista de inteligência Clebson Ferreira de Paula Vieira, que atuou no Ministério da Justiça durante o governo Bolsonaro, afirmou em depoimento que recebeu ordens para produzir análises eleitorais com viés político.
O servidor relatou que recebeu ordens para que cruzasse dados de votação do segundo turno das eleições de 2022 com territórios supostamente dominados por facções criminosas, em especial o Comando Vermelho.
