Segunda-feira, 12 de Maio de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,68 | EURO R$ 6,31

12 de Maio de2025


Área Restrita

Justiça Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 14:31 - A | A

Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 14h:31 - A | A

FALTA UM VOTO

Cármen Lúcia segue relator para manter prisão de lobista de MT acusado de venda de sentenças

Depois da ministra, falta apenas o voto do ministro Luiz Fux, a analisar o pedido de Andreson de Oliveira Gonçalves para revogação da prisão preventiva

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve encerrar nesta segunda-feira (12) o recurso apresentado pelo lobista Andreson de Oliveira Gonçalves para obter prisão domiciliar e manter ou, no mínimo, revogar sua transferência para a Penitenciária de Brasília. Cármen Lúcia foi a quarta a votar e, assim como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, seguiu o voto do relator Cristiano Zanin e negou o recurso.

Andreson é investigado por suposta participação em um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos tribunais estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do vazamento de informações processuais.

Para respaldar sua decisão, Zanin afirma que Andreson tinha uma “função decisiva” no esquema. Para o relator e os demais ministros que seguiram seu voto, não foram apresentados novos argumentos capazes de modificar as decisões anteriores que já haviam validado a prisão de Gonçalves. O relator ainda reiterou que os indícios contra o investigado são sólidos, amplamente evidenciados nos autos.

“Desde a decisão que decretou a custódia do investigado, que sua atuação é demonstrada de forma veemente nos autos, revelando-se bastante indiciária sua função central no suposto comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça. Seu destaque e sua posição de comando e ingerência, reiterei, sobressaem”, diz trecho do seu voto.

LEIA MAIS: Zanin destaca função de comando de lobista em vendas de sentenças

Gonçalves foi preso em 26 de novembro de 2024, por decisão judicial do próprio Zanin, e desde então teve sua situação cautelar analisada em diversas oportunidades, todas mantendo a legalidade e necessidade da custódia. Em sua decisão mais recente, o ministro acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República para transferência do investigado para o presídio federal de Brasília (DF), em razão de riscos à sua integridade física e limitações estruturais da unidade prisional atual.

Sua prisão ocorreu no âmbito da Operação Sisamnes, para apurar sua influência na venda de sentenças. Na época, as casas e gabinetes dos desembargadores afastados João Ferreira Filho e Sebastião de Morais Filho foram alvos, assim como a casa e o escritório do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá.

LEIA MAIS: STF arquiva investigação sobre suposto envolvimento de lobista de MT e ministro

 

 

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]