A revista e a inspeção mais rigorosas para todos os voos nacionais e internacionais começou a valer nesta segunda-feira (18) em todo o país. E, como já era esperado, a inspeção mais detalhada formou filas maiores do que o normal no aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Nesses horários de pico, passageiros ficavam cerca de cinco minutos na fila para chegar à área de embarque. Agora, por exemplo, é necessário tirar o notebook da bagagem de mão, porque o computador atrapalha a visualização de outros equipamentos no raio-X.
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Os agentes podem escolher qualquer pessoa para passar pela revista física, mesmo que o alarme do equipamento de raio-X não dispare. Se o passageiro permitir, a revista pode ser feita num local reservado e com uma testemunha acompanhando. Mas, quem se recusar a passar pelo procedimento fica impedido de embarcar.
Também é necessário abrir a bolsa quando os agentes pedirem. E, se for encontrado algum objeto suspeito, o passageiro poderá ser encaminhado à Polícia Federal. As regras sobre os objetos que podem ou não serem levados na bagagem de mão continuam as mesmas. Seguem proibidos objetos pontiagudos e inflamáveis.
Para o professor Osvaldo Schaffer, paraguaio que viaja com frequência pelos aeroportos brasileiros, essas medidas de segurança são bem vindas. “É muito importante para as pessoas que viajam, sobretudo com um evento tão importante que teremos no Brasil, como as Olimpíadas”, disse.
A Agência Nacional de Aviação (Anac) afirma que a mudança não tem relação com os Jogos Olímpicos, e é apenas uma atualização permanente nas regras de segurança.
“Os aeroportos são pontos de passagem de contrabando, então acho que é bom”, disse o engenheiro civil Thiago Fael. “É uma boa medida. Segurança é sempre bom”, disse o servidor público Cléber Teles.
Para evitar transtornos, as companhias orientam os passageiros a chegaram pelo menos com uma hora e meia de antecedência em relação ao horário de partida. O gerente de segurança Cláudio Bannwart, que embarcou em Campinas, no interior de São Paulo, pegou uma fila maior do que estava acostumado, mas aprovou a nova regra.
“Nós temos que melhorar mesmo a segurança nos aeroportos. Então basta nós nos acostumarmos a chegar um pouco mais cedo e seguir esse procedimento”, disse.