A Rússia expressou “total apoio” à Venezuela em meio a uma crise geopolítica com os Estados Unidos. A declaração acontece após o governo Trump ordenar o envio de navios de guerra para a região costeira venezuelana, argumentando que vai conter o narcotráfico composto por um cartel de drogas venezuelano. A nota russa foi divulgada nesta segunda-feira (1º), pelo Ministério das Relações Exteriores do país comandado por Vladimir Putin.
“A parte russa confirmou seu total apoio e solidariedade às autoridades bolivarianas na questão da proteção da soberania nacional e expressou sua firme rejeição ao uso de instrumentos de pressão política e enérgica sobre Estados independentes”, diz o comunicado da Rússia.
O representante diplomático venezuelano em Moscou, Jesús Salazar Velásquez, relatou os esforços do governo para manter a estabilidade interna diante das “crescentes ameaças externas”. A reunião com o vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Ryabkov Sergey Alekseevich, também abordou questões de cooperação bilateral e delineou medidas para fortalecer a parceria estratégica entre os dois países.
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Essas ameaças incluiriam o envio de três navios com mísseis guiados e outras funcionalidades, com mais de 4 mil militares a bordo. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que Trump pretende usar “todo o poder” do país contra cartéis de drogas no continente.
Rússia e Venezuela são parceiros diplomáticos e anteriormente já haviam assinado um acordo que abrange o combate ao terrorismo e ao extremismo, controle de armas e cooperação pacífica em ambas áreas. Maduro busca cooperações internacionais para impedir a intervenção dos navios dos EUA.
Além da convocação de 4,5 milhões de milicianos, navios e drones passaram a realizar patrulhas nas regiões costeiras, e tropas foram enviadas para a fronteira com a Colômbia.
Entenda o envio de navios dos EUA à Venezuela
Atualmente, três navios de guerra dos EUA se dirigem para as proximidades da Venezuela, transportando cerca de 4 mil militares. A movimentação naval acontece após os EUA classificarem Maduro como chefe do cartel de Los Soles. A suposta ligação de Maduro com o grupo, sem provas concretas, surge em meio a uma mudança nas políticas norte-americanas de combate ao tráfico internacional de drogas.
Os três navios de guerra enviados têm mísseis guiados e outras funcionalidades. Recentemente, um dos navios enviados, O USS Minneapolis-Saint Paul (LCS 21), participou da apreensão de cocaína e maconha em águas do Caribe.
Os EUA são um dos principais alvos das declarações polêmicas de Nicolás Maduro, que acusa o país de ambições imperialistas. Para o Departamento de Defesa dos EUA, o grupo ligado ao tráfico internacional de drogas é uma “organização terrorista”.
A Venezuela nega as acusações e afirma que não permitirá a entrada dos navios na região costeira.O governo venezuelano busca ajuda militar e mobilizou navios, helicópteros, drones, além de 15 mil militares também, para a região da fronteira com a Colômbia.