Enquanto lutam por comida na Faixa de Gaza, palestinos estão sendo “baleados como animais”. A denúncia consta em um novo relatório do Médicos Sem Fronteiras (MSF), divulgado na quarta-feira (7/8).
O documento, intitulado “Isto não é ajuda. É um assassinato orquestrado”, o MSF critica a distribuição de ajuda humanitária no enclave palestino pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada pelo governo israelense, e operada em conjunto com os Estados Unidos.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
Segundo o relatório, após o governo de Israel barrar a entrega de alimentos na região liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU), palestinos estão submetidos a enfrentar insegurança e indignidade em troca de ajuda humanitária.
Os centros de distribuição, diz o MSF, estão localizados em regiões militarizadas da Faixa de Gaza. Lá, são “alvejados com munição real — uma forma de ‘controle de multidões’ indiscriminado e mortal”.
Por isso, o Médico Sem Fronteiras exigiu o fechamento de centros de distribuição de alimentos da GHF. O mesmo pedido já havia sido feito pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU.
Após as críticas e pressões da comunidade internacional, o governo de Benjamin Netanyahu permitiu a entrada “gradual e controlada” de mercadorias na Faixa de Gaza, através de comerciantes locais.
Mortos em busca de comida
Dados do Ministério da Saúde de Gaza apontam que desde que a GHF passou a distribuir comida no enclave, mais de 1,5 mil pessoas foram assassinadas por forças ligadas à Israel.
Além das mortes provocadas pelos ataques, palestinos também têm morrido pela falta de comida. Até o momento, 193 pessoas morreram por fome ou desnutrição na Faixa de Gaza.