O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (11) que não aceitará a ideia de um Estado palestino.
Ele deu a declaração ao assinar um acordo que permite a expansão significativa de assentamentos israelenses na Cisjordânia, perto de Jerusalém.
"Não haverá um Estado Palestino", declarou.
Em maio, o governo de Israel já havia anunciado a criação de 22 novas colônias no território. Na época, a decisão foi alvo de críticas por ser a maior expansão de assentamentos de colonos judeus dentro da Cisjordânia desde os Acordos de Oslo, quando Israel se comprometeu a não tomar essa medida.
No mês passado, o projeto E1 , que planeja dividir a Cisjordânia ocupada e a isolar de Jerusalém Oriental, recebeu aprovação final.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais sob a lei internacional. Mesmo assim, cerca de meio milhão de judeus vivem na região, em mais de 130 colônias.
Ordens de evacuação na Faixa de Gaza
Na terça-feira (9), Israel ordenou a evacuação em massa da maior cidade da Faixa de Gaza, o que causou pânico e revolta entre os moradores
O Exército israelense anunciou ue atuará com "grande força" e "maior contundência" na Cidade de Gaza, que pretende tomar em sua totalidade como parte da guerra contra o grupo terrorista Hamas.
"A todos os habitantes da Cidade de Gaza (...) as forças de defesa estão determinadas a derrotar o Hamas e atuarão na área da Cidade de Gaza com maior contundência", disse em comunicado o porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee.
Um dia antes, Netanyahu afirmou que os moradores do maior centro urbano da Faixa de Gaza devem deixar a Cidade de Gaza "agora".
Já o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Gaza "será arrasada" e que "uma tempestade de furacão" atingirá os céus da cidade, em referência à derrubada de diversos arranha-céus e prédios de vários andares, que Israel afirma serem utilizados pelo Hamas.
Um fotógrafo da AFP na Cidade de Gaza informou que aviões lançaram panfletos que exortam a população a fugir para o sul.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/B/j/7XGEyjQga47IK4uEUS4g/afp-20250909-73ug7zp-v5-highres-topshotpalestinianisraelconflictgaza.jpg)
Palestinos da Cidade de Gaza observam panfletos jogados pelo Exército israelense com ordens de evacuação em 9 de setembro de 2025. — Foto: Omar Al-Qattaa/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/D/L/J6PHNrSBuGPiCBReolrg/afp-20250909-73ug7zl-v2-highres-palestinianisraelconflictgaza.jpg)
Exército de Israel joga centenas de panfletos com ordens de evacuação em massa para moradores da Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, em 9 de setembro de 2025. — Foto: Omar Al-Qattaa/AFP