A movimentação militar dos Estados Unidos no Caribe tem provocado o cancelamento de voos na Venezuela e em ilhas caribenhas por motivos de segurança. A escalada da tensão isola a Venezuela e preocupa turistas brasileiros com viagens marcadas para o país ou para destinos próximos.
A brasileira Beatriz Passini teve o voo para Curaçao, no sul do Caribe, cancelado pela Azul no trecho até o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. A viagem estava marcada para 9 de janeiro. Agora, ela enfrenta dificuldades para conseguir o reembolso do resort onde havia feito reserva. Curaçao fica a 65 km da costa venezuelana.
A Azul informou que, devido às contingências no espaço aéreo venezuelano, voos de Belo Horizonte (Confins) para Curaçao entre 1º de dezembro e 19 de fevereiro de 2026 terão alterações na rota. Nesse período, será necessária uma parada técnica em Manaus, tanto na ida quanto na volta. Embora negue a suspensão temporária da rota, a empresa lamentou os transtornos e afirmou que os clientes afetados estão sendo informados e receberão assistência para reagendamento ou reembolso.
A Copa Airlines e a Wingo, entre as poucas companhias estrangeiras que ainda operavam voos para Caracas, prorrogaram a suspensão das operações. Ontem, a estatal colombiana Satena e a Boliviana de Aviación também interromperam voos para a Venezuela.
A tensão aumentou no dia 21 de novembro, quando a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) orientou aeronaves que sobrevoam o espaço aéreo venezuelano a “redobrar a atenção” diante do agravamento da situação de segurança e da intensificação da atividade militar na região.
O alerta levou companhias como Gol, Latam, Iberia, TAP e Avianca a suspenderem temporariamente seus voos para a Venezuela.
















