As Forças Armadas de Israel lançaram nos céus da Cidade de Gaza nesta terça-feira (9) diversos folhetos com orientação para a população sair do local e evacuarem para o sul do enclave palestino.
O texto exatamente diz:
'Aviso urgente a todos que ainda não evacuaram a Cidade de Gaza e a área de Jabalia, nos blocos 699, 700, 712, 713, 716 e 764. Conforme os avisos, as Forças de Defesa de Israel (IDF) continuam a expandir suas operações para o oeste. Para sua segurança, vire imediatamente para o sul da Cidade de Gaza pela Rua A-Rashid'.

Folhetos são jogados por Israel na Cidade de Gaza
O lançamento acontece após uma madrugada de ataques em Gaza. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, publicou nas redes sociais dizendo que 'um furacão' atingiu a região, após prometer que isso ocorreria.
Segundo ele, trinta arranha-céus e dezenas de 'outros alvos terroristas foram atacados e destruído, para interromper a infraestrutura terrorista e abrir caminho para as forças de manobra'. Por fim, Katz completa dizendo que se o Hamas não se render e libertar os reféns serão destruídos, assim como Gaza'.
Nessa segunda (8), a Força Aérea de Israel atingiu e derrubou o quarto prédio arranha-céu na Cidade de Gaza. Foram emitidas anteriormente ordens de evacuação no local que, segundo os israelenses, era usado pelo Hamas.
De acordo com os militares, agentes do Hamas colocaram postos de observação e equipamentos de vigilância no prédio, juntamente com dispositivos explosivos. O local teria sido usado para ataque contra o exército israelense.
Segundo o IDF, o ataque foi realizado com munições de precisão e vigilância aérea para minimizar danos a civis.
Momento que arranha-céu é derrubado em Gaza. — Foto: Reprodução
A derrubada acontece logo após o governo israelense prometer uma 'tempestade de furacão' em Gaza, segundo fala do seu ministro da Defesa, Israel Katz.
Todos os prédios derrubados por Israel na Cidade de Gaza seriam supostamente utilizados pelo grupo que controla o enclave palestino.
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Marcas de tiro em ônibus após ataque em Jerusalém. — Foto: Menahem Kahana / AFP
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Local onde ocorreu ataque em Jerusalém. — Foto: Menahem Kahana / AFP
A destruição ocorre no mesmo dia que um ataque em Jerusalém matou seis pessoas. Ele teria sido realizado por dois homens palestinos contra judeus.
O governo de Israel e a polícia do país chamaram o ataque em Jerusalém nesta segunda-feira (8) que deixou ao menos seis mortos de 'ato terrorista'. A palavra foi utilizada tanto de forma oficial pela polícia (como 'um ataque terrorista'), como por autoridades, como ministros do país.
O ministro da Economia, Nir Barkat, por exemplo, culpou a Autoridade Palestina pelo ataque e disse que um soldado israelense 'eliminou os terroristas e evitou um desastre ainda maior'.
O ministro da Economia e ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, culpa a Autoridade Palestina pelo ataque a tiros desta manhã na capital do país, declarando que chegou a hora de fechar o órgão governamental palestino.
A Autoridade Palestina condenou o ataque. Em uma declaração divulgada nesta segunda-feira (8), é dito que a presidência 'afirma sua posição de rejeitar e condenar qualquer dano a civis palestinos e israelenses e rejeita todas as formas de violência, independentemente de sua origem'.
O Hamas elogiou o ataque chamando de 'operação heroica'. O grupo, em um comunicado, descreveu o que ocorreu como 'uma resposta natural aos crimes da ocupação e à guerra de extermínio que ela está travando contra nosso povo'. Apesar disso, o grupo não assumiu a autoria dos ataques.