A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta segunda-feira (8), que agentes poderão continuar realizando operações na Califórnia para abordar suspeitos com base apenas em sua raça e idioma. A decisão reverte uma ordem anterior de um juiz federal que impedia os agentes de realizarem abordagens sem "suspeita razoável".
A medida representa uma vitória para o governo de Donald Trump, que prometeu alcançar um recorde de deportações de imigrantes ilegais no país e apoia uma abordagem mais rígida em relação à imigração.
A votação terminou em 6 a 3, com maioria conservadora. Os juízes liberais discordaram da decisão, afirmando que ela coloca em risco as liberdades constitucionais.
"O governo praticamente declarou que todos os latinos, cidadãos americanos ou não, que trabalham em empregos de baixa remuneração são alvos legítimos para serem apreendidos a qualquer momento, afastados do trabalho e mantidos presos até que forneçam provas de seu status legal para satisfação dos agentes", escreveu a juíza Sonia Sotomayor da oposição.
A procuradora-geral dos EUA, nomeada por Trump, Pam Bondi, classificou a decisão de segunda-feira como uma "grande vitória". Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que os agentes de imigração agora poderão "continuar realizando patrulhas itinerantes na Califórnia sem interferência judicial excessiva".