Em uma declaração nesta segunda-feira (8) após ameaças da União Europeia e dos Estados Unidos de novas sanções, o governo da Rússia afirmou que isso não mudaria em nada os rumos da guerra na Ucrânia.
O porta-voz do governo, Dmitry Peskov, disse que 'nenhuma sanção será capaz de forçar a Federação Russa a mudar de posição consistente sobre a qual nosso presidente tem falado'. Além disso, ele completou ainda dizendo que a Europa e a Ucrânia estavam 'fazendo de tudo' para atrair os EUA.
Ele continua dizendo que a preferência era resolver o conflito por meios diplomáticos. Se isso não fosse possível, a 'operação militar' de Putin iria continuar.
Nesse domingo, o presidente Donald Trump afirmou que estava pronto para avançar para uma nova fase de sanções contra Moscou. Apesar disso, ele não especificou o que seriam essas, depois das tarifas de 50% contra produtos russos.
Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que pressão econômica adicional dos Estados Unidos e da Europa poderia levar Vladimir Putin a iniciar negociações de paz com a Ucrânia.
'Estamos preparados para aumentar a pressão sobre a Rússia, mas precisamos que nossos parceiros europeus nos sigam', comentou em entrevista à NBC.
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Destruição em ataque da Rússia contra Kiev, capital da Ucrânia. — Foto: Handout / UKRAINE PRESIDENCY / AFP
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Destruição na Ucrânia em meio à guerra com a Rússia. — Foto: Genya SAVILOV / AFP
O presidente do Conselho da UE, Antonio Costa, disse nesta segunda-feira (8) que a preparação de sanções da União Europeia está sendo coordenada diretamente com os EUA.
Essas tentativas de sanções buscam dificultar a economia russa, que não está no melhor de seus estados em meio aos altos gastos militares pelo conflito na Ucrânia. Do outro lado, Putin diz que a economia do país cresceu rapidamente nos últimos anos.
Entre as possíveis tratativas está a de punir com taxas aqueles que compram e vendem produtos para a Rússia. O Brasil poderia ser afetado com isso, visto que vende petróleo para o país, na qual é aliado político com o presidente Lula.
Conspiração?
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Presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. — Foto: Jade Gao / AFP
O governo da Rússia respondeu aos comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o presidente russo, Vladimir Putin, o chinês, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, de 'conspirarem contra os EUA'.
O Kremlin afirmou que esperava que os comentários tenham sido feitos em tom de ironia. Em comentários relatados pela mídia estatal russa, o conselheiro do Kremlin, Yury Ushakov, disse que os líderes da Rússia, China e Coreia do Norte definitivamente não estavam tramando uma conspiração no desfile em Pequim.
Veja o comentário de Trump, postado na rede social Truth Social:
'A grande questão a ser respondida é se o Presidente Xi da China mencionará ou não a enorme quantidade de apoio e "sangue" que os Estados Unidos da América deram à China para ajudá-la a garantir sua LIBERDADE de um invasor estrangeiro muito hostil. Muitos americanos morreram na busca da China por Vitória e Glória. Espero que sejam devidamente homenageados e lembrados por sua bravura e sacrifício! Que o Presidente Xi e o maravilhoso povo da China tenham um grande e duradouro dia de celebração. Por favor, transmitam meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América'.
A afirmativa de Trump ocorre durante a reunião que Pequim realiza com representantes do sul global e de países aliados, caso da própria Rússia e Coreia do Norte. Também está presente, por exemplo, o premiê da Índia, Narendra Modi.
Esse evento marca os 80 anos da vitória contra o Japão na Segunda Guerra Mundial. Foram feitos desfiles de tropas, sobrevoos aéreos, além da demonstração de armamentos chineses, como mísseis e drones.
Durante discurso, Xi disse que o país tem um compromisso de paz, pedindo para que seja evitado a repetição de 'tragédias históricas'. Ele ainda comentou que o mundo está para escolher entre paz e guerra.