O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), iniciou ontem uma rodada de conversas com ministros do Supremo para tratar da votação do projeto da anistia.
Agora rompido com o PT, Motta considera colocar o tema em pauta, mas quer construir um consenso para evitar atritos com o Supremo e com o Senado, sobretudo para não correr o risco de a Casa vizinha rejeitar a proposta e expor os deputados a um desgaste político. Foram acionados os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O relator, Paulinho da Força, também foi convocado a desembarcar em Brasília.
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Há duas leituras sobre o momento. A primeira é que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), poderia receber votos contra Jorge Messias para o Supremo em troca de pautar a anistia.
Alcolumbre não pensa em outra coisa senão impor uma derrota pessoal ao presidente Lula por ter preterido Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga. Lula tem dito que, se for derrotado, não indicará Pacheco. Nessa queda de braço, cada um usa as armas que tem: Lula, a PF; Alcolumbre, os votos.
A segunda interpretação é que o clima político está demasiadamente conturbado com a prisão antecipada de Jair Bolsonaro, motivada pela tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
O acordo para votação prevê a redução de pena dos presos no dia 8 de janeiro. Uma anistia está descartada.
Um ministro do Supremo disse à coluna que o problema é que, com os ânimos acirrados, os consensos até são construídos antes da votação, mas, depois, cada um volta ao seu discurso eleitoral.
















