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Safra menor, lucro maior

Entenda por que o café do Brasil continua valorizado

Mesmo exportando menos, o país registrou alta de 11% nas receitas em setembro

Administração

 

 
 

O Brasil exportou 3,75 milhões de sacas de café de 60 kg em setembro, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) analisados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O volume representa uma queda de 18,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, refletindo o impacto de uma safra reduzida e de entraves no beneficiamento dos grãos.

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Fatores que explicam a queda nas exportações

Pesquisadores do Cepea apontam que a menor disponibilidade de café no mercado interno, somada aos estoques domésticos ajustados, limitou o ritmo dos embarques. Além disso, as tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações do café brasileiro também contribuíram para o recuo das exportações em setembro, reduzindo a competitividade do produto nacional em um dos principais destinos de venda. 

 

Valorização garante receita recorde mesmo com menor volume

Mesmo com a diminuição nas exportações, a receita total aumentou 11,1%, alcançando US$ 1,369 bilhão. O avanço foi impulsionado pelo maior preço pago pelo café brasileiro, que segue valorizado pela qualidade e pela escassez global do produto.

Esse cenário reforça a força do Brasil no comércio internacional de café, mesmo diante das adversidades climáticas e logísticas enfrentadas neste ano.

Clima favorece lavouras e renova otimismo para a próxima safra

Enquanto as exportações desaceleram, o clima traz sinais positivos para o campo. Levantamentos do Cepea indicam que o fim de semana foi marcado pela retomada das chuvas nas principais regiões produtoras.
A volta da umidade era bastante aguardada pelos cafeicultores, já que, no fim de setembro, uma boa florada havia sido registrada em diversas lavouras. A expectativa é de que essas condições climáticas favoráveis estimulem o desenvolvimento dos frutos e melhorem o potencial produtivo da safra 2026/27. 

Efeitos para o consumidor brasileiro

Para quem consome café no dia a dia, o cenário atual representa preços firmes, mas estáveis. A menor oferta global e a valorização do grão mantêm o produto em patamares elevados, porém a alta na receita das exportações ajuda a equilibrar o mercado interno.
Assim, o consumidor pode esperar pequenas variações nos preços do café torrado e moído, mas sem grandes saltos — pelo menos no curto prazo.

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