O dólar abriu em forte alta de 1,21%, cotado a R$ 5,73, nesta sexta-feira (23/5). Havia grande expectativa sobre como ficaria a cotação inicial da moeda americana. Isso porque, logo pela manhã, o governo revogou parte do decreto que havia aumentado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na quinta-feira entre as medidas para cumprir as regras fiscais. O anúncio da mudança de rota foi feito na manhã desta sexta-feira pelo ministro Fernando Haddad, em pronunciamento em São Paulo.
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Como reação às mesmas medidas, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), iniciou o pregão em forte baixa. Às 10h25, ele caía 1,37%, aos 135.395 pontos. No mesmo horário, a alta do dólar também havia avançado em 1,40%, a R$ 5,7406. Por volta das 11h15, o indicador da B3 recuava 0,84%. aos 136.118 pontos, e a moeda americana subia 0,68%, a R$ 5,69.
A decisão de recuar com a mudança do IOF foi publicada na manhã desta sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU). O decreto manteve zerada a alíquota do imposto sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. A intenção era subir para 3,5%, conforme o texto original. A medida também mantém em 1,1% a alíquota sobre remessas para o exterior destinadas a investimentos
Com o aumento, que terminou sendo cancelado, o Ministério da Fazenda estimava uma arrecadação de R$ 20 bilhões e de R$ 40 bilhões em 2026, mas não se sabe agora quanto será. A medida foi parte do ajuste nas contas anunciado à tarde pela equipe econômica, que prevê ainda congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas programadas para 2025.
Repercussão
A alteração no IOF havia provocado uma alta dólar no fim da sessão desta quinta-feira (22/5). A moeda americana subiu 0,32%, a R$ 5,66. A surpreendeu e repercutiu depois do fechamento, com reflexos nos negócios futuros. O dólar futuro para junho subiu 1,87%, a R$ 5,76; o Ibovespa futuro recuou 1,93%, aos 136.375 pontos; e a taxa do DI para janeiro de 2029 avançou de 13,69% para 13,72%.
No fim da sessão de sexta-feira, a alta do dólar reverteu a primeira reação do mercado, que havia considerado positivo o anúncio do congelamento dos R$ 31,3 bilhões do Orçamento.