Depois do Japão anunciar planos de instalar mísseis em uma ilha cerca de 100 quilômetros da costa de Taiwan, a China reagiu. Em um comunicado nesta quinta-feira (27), o Ministério da Defesa chinês afirmou que os japoneses pagariam um 'preço doloroso' caso ultrapassassem os limites sobre Taiwan.
Os países vivem trocas de acusações recentes em uma crise diplomática agravada após a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, ter assumido o cargo.
Ela chegou a afirmar, neste mês de novembro, que um ataque hipotético da China a Taiwan geraria uma resposta militar do Japão.
Já no último domingo (23), o ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, defendeu planos para colocar mísseis de alcance médio em uma base militar na ilha de Yonaguni, que fica 110 quilômetros ao leste de Taiwan. Segundo ele, essa operação está 'avançando fortemente'.
O Ministério da Defesa da China se defende, afirmando que Taiwan é um assunto apenas para os chineses e não tem nada a ver com o Japão. O governo japonês chegou a comandar a ilha até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
'O Japão não só deixou de refletir profundamente sobre seus graves crimes de agressão e domínio colonial em Taiwan, como, ao contrário, desafiando a opinião mundial, alimentou a ilusão de uma intervenção militar no Estreito de Taiwan', defendeu o porta-voz da pasta Jiang Bin.
Ele ainda comentou que o país tem formas de defesa contra qualquer incursão militar.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d975fad146a14bbfad9e763717b09688/internal_photos/bs/2025/S/b/XIsJFHSjOD1lZ8Ow18xw/000-72zf2cq.jpg)
Xi Jinping, presidente da China — Foto: SUO TAKEKUMA / POOL / AFP
Do outro lado, o governo de Taiwan, eleito na própria ilha, rejeita qualquer tentativa de controle por parte de Pequim.
O presidente do local, Lai Ching-te, disse que segue mobilizado as Forças Armadas e planeja gastos de até US$ 40 bilhões adicionais com defesa nos próximos oito anos.
Os chineses, por outro lado, afirmam que esses gastos seriam irrelevantes e que levariam apenas mal para a ilha.
















