Um grupo de cerca de 600 oficiais de segurança israelenses aposentados, incluindo ex-chefes de agências de inteligência, escreveram uma carta endereçada ao presidente dos EUA, Donald Trump, para pressionar Israel a encerrar imediatamente a guerra em Gaza, argumentando que o Hamas não representa mais uma ameaça estratégica para Israel, de acordo com seu "julgamento profissional".
De acordo com informações da BBC, o apelo ocorre em meio a relatos de que Netanyahu estaria pressionando para expandir as operações militares em Gaza, já que as negociações indiretas de cessar-fogo com o Hamas estão estagnadas. O Hamas disse neste domingo (3) que estava preparado para coordenar com a Cruz Vermelha para entregar ajuda aos reféns mantidos em Gaza, caso Israel abra, permanentemente, corredores humanitários e interrompa ataques aéreos durante a distribuição de ajuda.
A carta diz que a credibilidade de Trump com a grande maioria dos israelenses aumenta sua capacidade de orientar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu governo na "direção certa", que seria "acabar com a guerra, devolver os reféns, acabar com o sofrimento".
Ainda de acordo com a BBC, o principal grupo de apoio às famílias dos reféns condenou a ideia de uma nova ofensiva militar, dizendo que Netanyahu está levando Israel e os reféns à ruína, o que é endossado na carta a Trump pelo ex-chefe do Mossad, Tamir Pardo, pelo ex-chefe do Shin, Bet Ami Ayalon, pelo ex-primeiro-ministro Ehud Barak e pelo ex-ministro da Defesa Moshe Yaalon, entre outros.
Após vídeo, Hamas diz que permitirá ajuda a reféns se Israel interromper ataques aéreos
O Hamas disse neste domingo (3) que estava preparado para coordenar com a Cruz Vermelha para entregar ajuda aos reféns mantidos em Gaza, caso Israel abra, permanentemente, corredores humanitários e interrompa ataques aéreos durante a distribuição de ajuda, de acordo com a agência Reuters.
A declaração veio após o grupo receber críticas do mundo por divulgar vídeo em que mostra um refém israelense, identificado como Evyatar David, cavando a própria cova dentro de um túnel, o segundo vídeo de um refém publicado em dois dias.
Segundo autoridades israelenses, 50 reféns ainda permanecem em Gaza. Acredita-se que apenas 20 estejam vivos. O Hamas tem impedido que organizações humanitárias tenham qualquer tipo de acesso aos reféns, e suas famílias possuem poucas informações, ou nenhuma, a respeito das condições em que são mantidos.